Desde fevereiro, a secretária Letícia Melchior Silveira, moradora do Bairro Esmeralda, em Santa Cruz do Sul, tem que esperar até duas horas para embarcar no ônibus que a leva ao trabalho, no Bairro Universitário. O coletivo da linha 40 (Esmeralda-Industrial) passava no ponto a cada hora, como consta no quadro de horários do Consórcio TCS. No entanto, segundo ela, a frequência da linha diminuiu. Agora, o Esmeralda-Industrial estaria passando a cada duas horas nas paradas.
Assim como Letícia, seus dois filhos, que estudam em uma escola particular no Bairro Universitário, também dependem do transporte coletivo. A alternativa para chegar mais rápido em casa é pegar dois ônibus, primeiro em direção ao Centro e depois ao Esmeralda, ou embarcar em uma linha que para a um quilômetro de casa. “O mínimo que se espera é que se cumpra os horários dos ônibus. Sem isso, chegar em casa é sempre um problema”, lamenta.
Outros três moradores do Esmeralda encaminharam e-mails à Gazeta do Sul com queixas parecidas. Porém, o secretário de Transportes e Serviços Urbanos, Gerson Vagas, diz que todos os horários estão sendo cumpridos conforme estabelece o contrato. Segundo ele, os fiscais da pasta checam o serviço regularmente, diante de algumas reclamações repassadas à Prefeitura. Vargas revela que passageiros relatam uma diminuição no número de linhas de ônibus – algo que nunca foi constatado pela fiscalização da Prefeitura.
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O site da TCS mostra, inclusive, que certos itinerários receberam horários a mais depois que o novo contrato do transporte coletivo urbano de Santa Cruz entrou em vigor, em fevereiro. Justamente na mesma época em que passageiros, principalmente do Esmeralda, começaram a relatar diminuição no número de ônibus.
SEM DIMINUIÇÃO
O representante do Consórcio TCS, Leandro Oliveira, nega qualquer diminuição no número de linhas de ônibus no transporte urbano de Santa Cruz. Ele acredita que as críticas são normais, visto que o serviço atende 500 mil passageiros por mês. “Estamos cumprindo rigorosamente tudo o que o contrato estabelece. Mas sempre vai haver reclamações, lidamos com muitas pessoas”, afirmou.
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O que pode ter afetado a rotina de alguns passageiros, segundo Oliveira, é que houve redução de coletivos que passavam em determinados pontos de forma extra-horário, ou seja, que não constavam no itinerário. Trata-se de veículos que continuam atendendo mesmo quando vão em direção à garagem. Esses casos ocorrem com menos frequência após o novo contrato.
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