Dois dias após o Ministério Público cobrar formalmente da Prefeitura que se manifeste em relação aos casos de falta d’água e aos atrasos nos investimentos da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), o prefeito Telmo Kirst (Progressistas) disse nessa sexta-feira que não vê “nada de tão problemático” na situação do abastecimento no município.
O promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, deu prazo de 30 dias para que o Palacinho apresente esclarecimentos sobre os problemas que o município vem enfrentando no saneamento. Uma das perguntas envolve a Agência Reguladora de Serviços Delegados de Santa Cruz (Agerst), cujos membros foram empossados há seis meses, mas até agora a entidade não foi incluída no contrato com a Corsan como ente regulador.
Barin também quer saber sobre o andamento das obras da Corsan e se o Município pretende multar a estatal pelos atrasos nos investimentos – segundo revelado na semana passada pela Gazeta do Sul, a companhia desembolsou 64% dos R$ 40 milhões que estavam previstos em contrato para o período 2014-2017.
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Questionado sobre o assunto na Rádio Gazeta, porém, Telmo disse que “o MP tem o direito de fazer suas demandas” e que a judicialização não é o melhor caminho. “Não vamos polemizar. Vamos atender, dentro da lei, o que precisa atender”, disse.
Telmo Kirst afirmou ainda que a Corsan está sendo “permanentemente cobrada” e defendeu os investimentos feitos pela empresa no município. “O mais grave de tudo foi a Corsan ficar sem contrato pelo tempo que ficou. Agora tem recursos e as coisas estão acontecendo. Não vejo nada de tão problemático acontecendo que não vá poder ser superado”, afirmou.
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