Regional

Teleoftalmo deve ampliar consultas para reduzir fila de espera em Santa Cruz e região

As execuções de tarefas profissionais e até simples atividades do dia a dia estavam ficando cada vez mais difíceis para o mestre de obras Jair Fagundes de Freitas, de 59 anos. Com dificuldade de enxergar números e letras em distâncias curtas mesmo com o uso de óculos, ele aguardava há alguns meses pela consulta com um oftalmologista. E o atendimento ocorreu nessa segunda-feira, 18, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Cohab Renascença, em um formato que, para Jair e outros tantos santa-cruzenses, é uma novidade que em pouco tempo deverá estar disponível a uma parcela maior da população.

O teleoftalmo funciona com uma série de equipamentos computadorizados. O paciente acaba não tendo contato presencial com o oftalmologista, mas sim com uma gama de tecnologias necessárias para o diagnóstico adequado.

Pioneiro em toda a macrorregião dos Vales, o teleoftalmo entrou em operação em Santa Cruz no primeiro semestre de 2018, como uma alternativa ao atendimento presencial, mirando reduzir a fila de espera para o serviço. Porém, acabou tendo a continuidade afetada pela pandemia e por um problema em um dos equipamentos, explica a secretária municipal de Saúde, Daniela Dumke. “Agora estamos retomando. Tivemos um pequeno problema com equipamento que é de responsabilidade do Hospital Moinhos de Vento, mas todo o processo já foi reestabelecido e há cerca de 30 dias retomamos o serviço.”

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Como é referência para toda a macrorregião, a fila de espera para o teleoftalmo conta com pacientes não só de Santa Cruz do Sul, mas também de municípios das áreas de abrangência da 13ª, 8ª e 16 ª Coordenadorias Regionais de Saúde. Os atendimentos, cerca de quatro por dia, funcionam por agendamento. Em Santa Cruz há três profissionais habilitados para a função, além do médico responsável, que atende o paciente em uma última etapa, de forma online.

Como funciona

Jair de Freitas chegou pouco antes das 15 horas. Após retirar a ficha, ele foi chamado pela técnica de enfermagem Aline Pina. É a profissional que fica responsável por todo o procedimento nos equipamentos. Após uma conversa inicial com questionamentos sobre o problema que motivou a procura, ela comanda os testes de acuidade visual, refração, medida de pressão intraocular, avaliação da pálpebra, mobilidade ocular e dos reflexos pupilares e documentação do segmento anterior e do fundo do olho. Depois os resultados são encaminhados para um médico que faz a avaliação e, de forma virtual, em uma tela de computador, conversa com o paciente.

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O tempo de atendimento varia conforme o problema relatado. No caso de Freitas, foi de aproximadamente uma hora. “Não sabia do trabalho até que o posto do meu bairro me mandou para cá e explicou como seria. Muito bom o atendimento.” Ao terminar o procedimento, o morador do Bairro Bom Jesus já saiu com a receita em mãos para novos óculos.

Após a adaptação, meta é reduzir fila de espera

Passado o período de adaptação da rede, dificuldades com a pandemia, problemas no equipamento e treinamento dos profissionais, a ideia para desafogar a fila de espera é ampliar o número de atendimentos. De acordo com Daniela Dumke, o Executivo pensa em dobrar a quantidade diária de exames. “Temos a ideia de aumentar para oito por dia. Estamos passando por uma fase de testes para ver se funciona mesmo, e a avaliação tem sido muito positiva. Estamos conseguindo dar continuidade no trabalho.”

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A ampliação no atendimento, porém, depende da qualificação de profissionais da rede. O cuidado é também no sentido de manter a qualidade. “Podemos ofertar para mais profissionais a capacitação necessária. Hoje temos três que fizeram o curso, mas nada impede de qualificar outras pessoas que já trabalham conosco. Mas é bom ressaltar que temos uma capacidade instalada por atendimento, todo um tempo dedicado por paciente. A gente não visa a quantidade como principal, mas sim a qualidade no atendimento.”

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Quem define?

Atualmente, serviços oftalmológicos via SUS são encaminhados por médicos da rede pública. São esses profissionais que indicam se o paciente vai necessitar de atendimento inicial presencial ou pode ser conduzido ao teleoftalmo. “ Na avaliação é o médico que define se vai para o tele ou presencial. É um critério. O próprio médico do teleoftalmo pode pedir avaliação presencial, mas, na maioria das vezes, o paciente sai com receita em mãos.” Tanto o presencial quanto o tele entram na fila de regulação estadual. Não há informação atualizada sobre quantas pessoas na região aguardam pelo serviço.

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