Problemas com instalação de telefonia fixa, cobranças indevidas na fatura e reparos nas linhas estão entre as principais queixas efetuadas no Escritório Municipal de Defesa do Consumidor (Edecon) de Santa Cruz do Sul nos primeiros meses deste ano. O órgão, conveniado ao Procon de Porto Alegre, registrou até o início de março 113 reclamações referentes ao serviço, totalizando 49% do total dos atendimentos. Assim como no ano passado, a operadora que acumula o maior número de clientes insatisfeitos é a OI, com 54 queixas, seguida pela Vivo, (22), Claro (16) e Tim (5). As notificações seguem uma tendência nacional, já que em 2014 os serviços de telecomunicações também estiveram no topo da lista do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec).
Após mais de trinta dias sem poder usufruir do serviço, o empresário santa-cruzense Mercilo Agnes registrou 14 protocolos junto à OI no mês passado. Conforme o morador de Linha Nova, interior do município, a interrupção no serviço ocorreu devido à ruptura do cabo principal da telefonia na localidade. “Depois de uma semana, todas as linhas aqui das redondezas foram restabelecidas. Porém, apenas a minha continuou sem sinal”, comenta. O problema é que pelo fato de a empresa da qual é sócio também estar localizada no interior, nem mesmo o celular funcionava. E foi aí que os problemas se agravaram. “Estávamos praticamente incomunicáveis. Questões que poderiam se resolver por telefone tiveram que ser tratadas pessoalmente em municípios como Vale do Sol, Candelária e Sinimbu. Foi um completo transtorno”, lembra. Cansado de esperar por algum tipo de assistência prestada pela operadora, Agnes contratou um serviço particular para resolver a situação. “Foi um absurdo o que fizeram com a gente. Até pensei em entrar na Justiça, mas me informei com um advogado e vi que o caso ia se arrastar demais”, finalizou.
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