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Tecnologia na terceira idade

Entre tantos conflitos que acontecem a partir da chegada à “melhor idade” (um slogan malandro forjado por farmácias, laboratórios e planos de saúde), um incomoda muito. É o relacionamento com a tecnologia. Passar dos 60 anos por dentro das parafernálias disponíveis requer coragem e jovens dispostos a explicar cada invenção. E todos os dias surgem novidades que desafiam a nossa capacidade de assimilar tudo isso.

Demorei muito para aderir ao WhatsApp. “Mas agora que tu resolveu usar… dispara duzentas mensagens por dia pra Deus e mundo!”, ironiza minha filha. E ela tem toda a razão. Sempre que me deparo com conteúdos que possam interessar a um colega de imprensa ou amigo, disparo uma mensagem. Muitas pautas viram notícia e, modéstia à parte, rendem muitos agradecimentos. Já estive por décadas numa redação e sei do valor de uma boa sugestão.

Envelhecer provoca muitos inconvenientes, como a necessidade semanal de deletar vídeos, fotos e áudios. Meu pré-histórico celular, da marca Motorola, não suporta tantas informações, PDFs (fotos de páginas) de jornais e clipagem de notícia, o que significa em linguagem jornalística uma seleção das principais notícias do dia.

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Recentemente aderi ao Spotify, serviço de música e vídeo considerado o mais popular e usado em todo o mundo. A novidade permite ouvir música sem comerciais e a possibilidade de elaborar seleções musicais por gênero ou acessar canções aleatórias. É uma bênção em viagem ou momentos de lazer. O único inconveniente é que, como todo atrativo tecnológico, é indispensável fazer um pagamento mensal para usufruir dos benefícios, onerando as despesas.

Outra facilidade do meu cotidiano é o uso de tag ou adesivo fixado no para-brisa. O dispositivo permite pagar pedágios e estacionamento – entre outros serviços – sem fazer o pagamento na hora do uso. É uma grande facilidade na hora de movimento na estrada. Mas… e sempre tem o mas… a fatura chega, apesar da franquia de três meses.

Todos esses avanços só foram incorporados por mim depois de um intenso processo de pesquisa, de maneira especial entre jovens que convivem desde cedo com os benefícios – e malefícios – de cada ferramenta ou serviço. O próximo passo será a aquisição de uma air fryer ou fritadeira elétrica. Para pessoas como eu, que entro na cozinha somente para fazer chimarrão, torrada e batida de banana, pensar na possibilidade de preparar comida de verdade num passe de mágica é sedutor.

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Já comecei as pesquisas sobre marcas, preços e potencial de cada engenhoca. No final de semana, muitas lojas fizeram promoções e perdi boas oportunidades. Mas o “Liquida Porto Alegre” chega em fevereiro. Difícil será achar espaço na microcozinha, mas nem tudo é perfeito, não é?

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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