A partir desta sexta-feira, 29, Porto Alegre passa a oferecer a tecnologia 5G aos seus moradores. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), além da capital gaúcha, a frequência está liberada também nesta sexta para João Pessoa (PB) e Belo Horizonte (MG). A 5G disponibiliza internet móvel dez vezes mais rápida do que a atual.
Conforme informações da Prefeitura de Porto Alegre, o município avançou na legislação e desburocratizou o processo de licenciamento de antenas de transmissão de sinal de internet, as chamadas estações radiotransmissoras (ETRs). Além disso, a legislação municipal permite que as antenas 4G sejam transformadas em 5G com ajustes técnicos por parte das operadoras de telefonia móvel.
Em um primeiro momento, o sinal estará disponível nas áreas de maior concentração populacional da Capital, como os bairros Centro Histórico, Bom Fim e Rio Branco. A legislação diz que as operadoras são obrigadas a instalar uma antena 5G para cada 100 mil habitantes.
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São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Uberlândia, Uberaba e Franca são as sete cidades brasileiras que já contam com antenas de tecnologia 5G de 2,3 GHz standalone. Em Porto Alegre, foram confirmadas as condições necessárias para a instalação das antenas de 5G, na faixa de 3,5 GHz.
Segundo o Ministério das Comunicações, em geral, não é preciso que o usuário faça a troca do chip para utilizar a tecnologia, mas deve verificar com a operadora, pois em alguns casos específicos a troca será necessária. A princípio, o cliente não precisa pagar nada a mais pelo serviço, basta que o celular seja compatível. Mas as operadoras poderão oferecer pacotes especiais com valores adicionais.
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Santa Cruz do Sul está localizada a pouco mais de 150 quilômetros de Porto Alegre, mas ainda não há previsão para que a tecnologia chegue ao município do Vale do Rio Pardo. Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Santa Cruz, a Anatel prevê, até 31 de julho de 2027, atender os municípios com população igual ou superior a 100 mil habitantes.
Ainda conforme a Prefeitura, em matéria de legislação, Santa Cruz já está apta a receber o 5G. Contudo, não há nenhuma previsão ou novidade nesse sentido. “O município está adequado à lei 7.381, de 12 de agosto de 2015, e ao decreto 9.491, de 30 de setembro, que tratam do processo administrativo de licenciamento das estações de radiobase, estruturas e suporte. Até o momento não recebeu solicitação de instalação de antenas para tecnologia 5G”, diz o texto enviado pela assessoria.
O professor e coordenador dos cursos de Computação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Leonel Tedesco, diz que a preparação de uma cidade como Santa Cruz demanda questões como regulamentação, potencial de investimento e potencial de conhecimento sobre o que fazer com a tecnologia. “Estamos indo bem, Santa Cruz é uma cidade com vocação industrial e temos a Unisc, que é uma universidade de referência. E nos vales do Rio Pardo e Taquari também há outras boas universidades para poder saber como trabalhar isso, além de boas empresas”, considera.
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O engenheiro de computação salienta que é necessário usar tal tecnologia com eficiência e conhecimento para, assim, ajudar o desenvolvimento da região. “Precisamos discutir com empresas, comunidade e governos e entender que existem muitas tecnologias novas que vêm junto. O ano de 2027 é o primeiro calendário que o governo apresentou, mas na minha opinião, a partir do momento em que há investimento, pelo potencial e por ter essa vocação industrial, é possível que Santa Cruz antecipe esse prazo. Em Porto Alegre, por exemplo, era previsto para outro momento e antecipou.”
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A tecnologia 5G se destaca, segundo Tedesco, pela velocidade e pela conectividade. “Posso colocar em um quilômetro quadrado um milhão de dispositivos, e esse dispositivo pode ser um computador de mesa, um tablet, um smartphone, um sensor para a agricultura, um sensor industrial. Ou seja, posso ter muitos objetos sendo conectados em alta velocidade.” O professor completa que a China, por exemplo, é o país que domina em relação à tecnologia, mas outros, como Estados Unidos, Filipinas e Coreia do Sul, estão caminhando na expansão da internet 5G.
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Para o profissional, tão importante quanto comprar os equipamentos é educar os usuários a utilizarem os potenciais das tecnologias. “Eu bato muito na tecla da informação, de incluir as pessoas. Vai valer muito a pena se as pessoas e as empresas puderem usar a tecnologia para desenvolver seus negócios. Se a gente conseguir aproveitar as oportunidades que o 5G pode trazer, podemos mudar muito o patamar de desenvolvimento da nossa região.”
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