Conforme haviam comunicado na última semana, os técnicos em enfermagem do Município entraram em greve nessa segunda-feira, 25. A categoria reivindica a equiparação no padrão salarial com os demais profissionais de nível técnico da Prefeitura. O assunto ganhou maior destaque durante a negociação salarial com os servidores, com a alteração de padrões de um grupo de categorias. Entre as propostas do Executivo ao quadro geral do funcionalismo, foi aprovado, em sessão extraordinária da Câmara de Vereadores, o reajuste de 7,7%, sendo 4,5% de recomposição da inflação e 3,2% de ganho real. Também foram aumentados os valores dos vales feira (de R$ 100,00 para R$ 130,00) e alimentação (de R$ 770,00 para R$ 830,00).
Os profissionais da Saúde foram incluídos no grupo de servidores que teriam a alteração de padrão, mudando de 6 para 7, o que representa um acréscimo de 12% nos vencimentos mais os 7,7% que fazem parte do reajuste anual. Contestam, porém, que outros grupos de nível técnico teriam mudado para o padrão 9. O presidente do Sindicato dos Funcionários Municipais (Sinfum), Gelso Job, disse que diante do que foi aprovado pelo Legislativo, a greve continua por tempo indeterminado. Reforçou, como já havia falado em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM, que 50% dos trabalhadores da área estão paralisados, o que representaria o contingente de concursados. O restante seria contratado, dando garantia ao mínimo legal de atendimento à população.
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Em nota, a administração municipal reafirmou a valorização desses profissionais na atual gestão. “É a única categoria a receber dois aumentos de padrão”, diz o texto. Além disso, destacou que em dois anos, sem contar a recomposição inflacionária, o reajuste de remuneração atingiu 39,01% (foram dois aumentos de padrão – 5 para 6 em 2022 e 6 para 7, aprovado ontem, mais o ganho real dos últimos três anos).
A técnica em enfermagem Rafaela Matos Peixoto Schaeffer observou, no entanto, que a equiparação é uma reivindicação da categoria há 15 anos. “No dia 25 de março [ontem], estes cargos tiveram seu padrão elevado para 9, uma a única exceção dos técnicos e auxiliares de enfermagem”, frisou.
Ela classificou como frustrante a sessão extraordinária da Câmara de Vereadores, em que o projeto de alteração de padrões foi mantido conforme o Executivo havia encaminhado. “A expectativa era de que ainda pudessem enviar o projeto de equiparação para votação. Apesar dos debates e da pressão por parte da plateia”, lamentou a sua colega, técnica em enfermagem Jonara Raminelli.
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Diante da situação, as mobilizações devem continuar até que seja estabelecida uma negociação com o grupo. “Nesta terça a categoria dará continuidade na greve, com encontro dos profissionais, que partirão em caminhada da Catedral até o Palacinho, onde serão concentradas as manifestações”, adianta Rafaela.
Vereadores da oposição, como o petista Alberto Heck, chegaram a pedir a separação dos projetos para que os demais profissionais de nível técnico ficassem em um texto e os da enfermagem em separado. “Temos que tomar o cuidado para não frustrar a expectativa de algumas categorias”, argumentou. Edson Azeredo (PP) pediu que o texto fosse retirado da votação, mas o regimento interno inviabilizou essa possibilidade.
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Ilário Keller (PP) respondeu às críticas. “Fazer discurso é muito fácil. É justo fazer o ajuste necessário aos servidores, mas dentro de um equilíbrio financeiro”, afirmou. O público ficou de costas durante sua fala. A matéria foi aprovada. Alberto Heck (PT), Leonel Garibaldi (Novo), Daiton Mergen e Nicole Weber (Podemos) votaram de forma contrária.
O projeto altera os padrões de auxiliar de escola, auxiliar cuidador, atendente de farmácia, eletricista, agente municipal de inspeção sanitária e industrial de produtos de origem animal, técnico em enfermagem 40 horas, técnico em enfermagem 36 horas, agente administrativo, caixa, técnico agrícola, técnico eletrotécnica, técnico de estradas e topografia, técnico em construção civil – edificações, técnico em geoprocessamento, técnico em saúde bucal, técnico segurança do trabalho, técnico em trânsito, arquivista, técnico de suporte em microinformática, técnico em equipamento de computação, técnico em suporte de informática, analista de sistema, advogado Creas, analista financeiro, programador, bibliotecário, assessor administrativo, auditor fiscal da Receita Municipal, biólogo, contador e químico.
Além disso, a Câmara de Vereadores aprovou projeto com o reajuste dos salários do quadro geral de servidores do Executivo, aplicando a recomposição da inflação (4,5%) e ganho real (3,2%), o que totalizou 7,7%, referente ao dia 1o de março. A proposta inicial do Executivo era de 6,5%, mas foi negada pelos servidores. Em uma segunda rodada de negociações, o Município ampliou para 7,7%, sem atender aos 12% pedidos pelo quadro geral e os 18% solicitados pelos professores, mas tendo a aprovação em assembleia conjunta realizada pelos sindicatos representantes das categorias. Como acréscimo, também tiveram a ampliação dos benefícios como vale-feira, de R$ 100,00 para R$ 130,00, e vale-alimentação, de R$ 770,00 para R$ 830,00, totalizando R$ 960,00.
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