Sofrendo ao longo dos últimos anos com a diminuição no número de passageiros, o transporte coletivo de Santa Cruz do Sul é mais uma das atividades afetadas pelo distanciamento social exigido por causa da pandemia do novo coronavírus. Após o fechamento do comércio, escolas e estabelecimentos diversos, desde o dia 23 de março o serviço funciona com 17 linhas a menos do que o normal, com os ônibus ativos passando a circular em horário de domingo. Ainda assim, conforme o gerente do Consórcio TCS, Zaqueu Forgiarini, a arrecadação atual não é suficiente para cobrir os custos da folha de pagamento, manutenção dos veículos e combustível, além de manter o quadro de funcionários sem demissões.

Para tanto, nessa terça-feira, o TCS encaminhou via e-mail à Secretaria Municipal de Transportes e à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst) um requerimento em que contextualiza a situação do sistema do transporte coletivo, e solicita a adoção de medidas e ações para fazer frente à queda de demanda. “É uma sugestão de subsídio para podermos manter as atividades. Até agora, não houve nenhuma medida para auxiliar o transporte coletivo nesse aspecto, então enumeramos demandas para a Prefeitura poder nos auxiliar”, comentou Forgiarini.

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Diminuição de linhas é uma possibilidade
Segundo Forgiarini, o volume de passageiros é inferior a um terço desde o início da quarentena. A média utilizada no cálculo tarifário, em janeiro, foi de 333.067 passageiros. Já a média prevista para abril, no atual cenário, é de 95 mil passageiros. Ele não descarta diminuir a quantidade de linhas. “Mesmo que a probabilidade seja pequena, não podemos afirmar que essa possibilidade não exista, uma vez que consideramos o transporte coletivo como essencial. No entanto, precisamos ter condições de manter o serviço.”

Diante da possibilidade de não conseguir auxílio junto ao Município para seguir com o atendimento, o Consórcio TCS estuda até mesmo parar as atividades. “Muitos municípios já estão trabalhando com auxílio às suas empresas de ônibus e Santa Cruz do Sul também poderia fazer. Pode acontecer de parar o serviço, mas é a última coisa que o consórcio quer fazer”, finalizou Zaqueu Forgiarini. Conforme o presidente da Agerst, Auro Schilling, o requerimento foi recebido e a agência vai se posicionar após uma resposta da Prefeitura. Contatado, o Município disse que aguarda as considerações da Agerst. As linhas de ônibus em vigência são encontradas no site tcsconsorcio.com.br.

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