Após o fechamento do comércio, escolas e estabelecimentos diversos por causa da pandemia do novo coronavírus, o transporte coletivo de Santa Cruz do Sul tem sentido os prejuízos financeiros com a redução do número de passageiros. Segundo o representeante do Consórcio TCS, Lucas Lopes, em entrevista à Rádio Gazeta na tarde desta segunda-feira, 13, a empresa iniciou hoje o processo de demissão de 30 funcionários, que deve se concretizar até o final desta terça-feira, 14.

Segundo Lopes, além das 30 demissões, outros 20 contratos foram suspensos, cerca de 30 funcionários tiveram os salários e as jornadas de trabalho reduzidos e aproximadamente 50 colaboradores tiveram as férias antecipadas. Lopes explicou que o principal elemento que causa os cortes e a inviabilidade do sistema é a receita do usuário. “As recomendações são para que as pessoas fiquem em casa e isso é o que potencializa o nosso prejuízo. Além de a nossa receita cair em torno de 80%, temos que continuar trabalhando por sermos um serviço essencial”, disse.

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Ele ressaltou ainda que o cálculo tarifário realizado pela empresa em janeiro previa um número de 333 mil pagantes por mês no decorrer do ano. “A nossa previsão agora no mês de abril, com o atual cenário, é de no máximo 95 mil pagantes. Já tivemos uma redução em março, mesmo o recesso econômico acontecendo somente na última semana, após o dia 20. A atual situação é bastante complicada.”

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Apoio para manter o transporte

Na última terça-feira, 7, o TCS encaminhou via e-mail à Secretaria Municipal de Transportes e à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Santa Cruz do Sul (Agerst) um requerimento em que contextualiza a situação do sistema do transporte coletivo e solicita a adoção de medidas e ações para fazer frente à queda de demanda. Conforme Lucas, o ofício protocolado foi encaminhado também para o Gabinete de Emergência, mas a resposta ainda está sendo aguardada.

À reportagem, a Assessoria de Comunicação da prefeitura informou que o assunto será debatido com o prefeito Telmo Kirst, em reunião às 15h30 desta segunda-feira, 13.

O representante falou ainda que existe a possibilidade de paralisação do serviço. “Está se chegando num ponto em que está ficando inviável. A gente segue com os nossos funcionários, mesmo os demitidos têm os seus custos, temos o diesel, a manutenção dos veículos. A nossa conta não para de crescer, enquanto a receita só diminui”.

As operações das linhas urbanas estão ocorrendo conforme o horário de domingo, com alguns reforços nos horários de pico, que são observados pela empresa mediante solicitação da comunidade.

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