O presidente do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCMRJ), Thiers Montebello, informou nesta segunda-feira, 25, que o órgão acompanhou com “cautela e rigor” as obras da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, zona sul da capital fluminense, que teve um trecho derrubado pelas ondas quinta-feira passada, 21, matando duas pessoas.
“Eram falhas da parte construtiva e não da infraestrutura. Eram coisas sem significado estrutural. Chamamos a atenção para que fosse corrigido”, disse Montebello. “O tribunal erra menos, porque tem tempo para fazer as coisas, não faz de afogadilho. A concorrência pública ficou nesse vai e vem no tribunal, porque tinha inúmeras imperfeições, que foram corrigidas ao logo do tempo”, acrescentou.
A fiscalização da parte estrutural do projeto, segundo Montebello, foi feita no processo licitatório. Ao todo, os técnicos do TCMRJ fizeram seis visitas à obra e encontraram uma série de imperfeições e irregularidades da parte construtiva, mas não na infraestrutura.
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A última visita técnica foi em janeiro. Montebello disse que todas as obras emergenciais da prefeitura do Rio com a Concremat, empresa responsável pela obra da ciclovia, também foram comunicadas ao tribunal.
Cerca de 46% das obras emergenciais executadas pela prefeitura do município com a Concremat foram contratadas sem licitação. “A caracterização da emergência cabe ao Poder Público, ao gestor, o tribunal depois vai aferir se essa emergência é real ou é criada”, disse o presidente do tribunal.
Sobre o valor da ciclovia, R$ 44,7 milhões, Montebello disse que os técnicos ainda estudam se o orçamento está de acordo os preços de mercado.
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O laudo da perícia independente que a prefeitura do Rio contratou para determinar a causa do acidente deve ser concluído no fim de maio.
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