Mesmo com o arrefecimento da pandemia e as flexibilizações dos protocolos para operação do comércio, indústria e serviços – o que fez aumentar o número de pessoas nas ruas –, os taxistas de Santa Cruz do Sul continuam se queixando da baixa procura pelo serviço. Além da quantidade reduzida de passageiros e da concorrência com os aplicativos e também com os motoristas clandestinos, o preço da gasolina é mais um desafio enfrentado.
A Gazeta do Sul percorreu as ruas e conversou com diversos profissionais acerca do contexto do serviço. A maioria deles não quis dar entrevista, mas demonstrou grande insatisfação com a situação atual. A procura, segundo eles, aumentou, mas ainda é insuficiente para cobrir os gastos e gerar lucro justo aos motoristas. Ao mesmo tempo, contudo, os custos de operação também aumentaram significativamente, em especial a gasolina, cujo litro custa em média R$ 6,39.
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No ponto junto à Estação Rodoviária, os taxistas contam que o movimento aumentou quando os ônibus voltaram a circular com a capacidade máxima. Ainda assim, a quantidade de clientes está atrelada à chegada dos coletivos e, por isso, não é difícil ver diversos táxis parados por um longo tempo enquanto aguardam por uma corrida. Um deles é o de Roni Bienert, de 67 anos, que começou na profissão há dois anos para complementar a renda, após a aposentadoria.
Ele diz que a situação atual melhorou se comparada com a de algum tempo atrás, quando a procura era praticamente inexistente. Contudo, ainda está longe do ideal. “Nos piores meses da pandemia, quem vivia somente disso aqui (do táxi) para sustentar a família não conseguia. Hoje está um pouco melhor, mas mesmo assim é difícil”, afirma.
Ao comentar sobre os motivos dessa pequena melhora, Bienert diz que muitos passageiros têm se mostrado insatisfeitos com o transporte por aplicativos, em razão da menor quantidade de motoristas disponíveis e também dos recorrentes cancelamentos das corridas. Em relação ao preço da gasolina, ele afirma que não há muitas alternativas. A conversão ao gás natural veicular (GNV), segundo ele, não compensa pelo alto custo, ainda que alguns motoristas estejam optando por esse combustível.
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