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Taxa de ocupação de vagas em UTIs é baixa no Vale do Rio Pardo

No atual momento, quando o Brasil passa por aumento no número de óbitos e infectados por Covid-19, a capacidade de atendimento na rede hospitalar dos municípios torna-se uma das principais preocupações das autoridades. No Rio Grande do Sul, conforme o governo do Estado, a taxa de ocupação de leitos em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Adulto chega a 71,1% – os 1.814 leitos são utilizados por 1.290 pacientes. Desses, no entanto, 1.069 foram acometidos por doenças diversas e apenas 122 estão internados com o novo coronavírus. Há, ainda, 99 internados com suspeita de terem contraído a doença.

No Vale do Rio Pardo, na área que compreende os 13 municípios da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), com população média de 350 mil pessoas, a taxa de ocupação permanece baixa. Ao todo, são nove hospitais. A maioria, no entanto, atende apenas casos de média complexidade e somente três possuem UTI Adulto – o Santa Cruz e o Ana Nery, em Santa Cruz do Sul, e o São Sebastião Mártir, em Venâncio Aires. Dos 41 leitos disponíveis nesses três hospitais, 24 estão ocupados – mas apenas cinco com pacientes de Covid-19 e um com paciente acometido de outros problemas respiratórios.

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“Essa baixa taxa de ocupação dos leitos de UTI Adulto com pacientes com Covid-19 ou problemas respiratórios é resultado das medidas de distanciamento que foram adotadas pelos municípios. Isso reflete em menos casos e, consequentemente, em menos pacientes com sintomas atendidos nos hospitais”, comentou a coordenadora da 13ª CRS, Mariluci Reis. “Por isso pedimos que a população siga as medidas definidas por cada Prefeitura, visando melhorar nosso índice de controle da doença, para conseguirmos chegar na bandeira amarela de flexibilização do Estado”, complementou.

Coordenadora da 13ª CRS, Mariluci Reis atribui dado às medidas de restrição adotadas | Foto: Lula Helfer

Ela ressaltou o trabalho que vem sendo desenvolvido em Venâncio Aires – município da região mais atingido pelos casos de Covid-19 – para controlar a doença. “É um trabalho muito interessante, feito lá pelo secretário de Saúde e sua equipe, com um alto número de testagem. Isso faz com que seja possível identificar de forma mais rápida os novos casos”, disse a coordenadora da 13ª CRS.

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A SITUAÇÃO

Os 20 leitos no Hospital Santa Cruz são divididos em duas alas. Uma, que possui dez leitos (oito SUS e dois para convênios e particulares), é para doenças em geral e vem sendo ocupada por oito pacientes no momento. A outra, também com dez leitos (todos SUS), é específica para pacientes com problemas respiratórios, sendo que dois estão ocupados. No Hospital Ana Nery, são sete leitos (quatro SUS e três para convênios e particulares) e três estão ocupados por pacientes de outras enfermidades que não Covid-19 ou outras doenças respiratórias.

Conforme a assessoria da instituição de saúde, como os atendimentos intensivos de infectados pelo novo coronavírus estão sendo realizados no HSC, se for necessário, serão abertos novos leitos específicos para esses pacientes, não utilizando os outros sete já existentes para atendimentos do novo coronavírus. Segundo a 13ª CRS, o Hospital Ana Nery aguarda liberação de recursos para equipamentos e custeio de diárias de dez novos leitos para atendimento de pacientes com Covid-19.

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No Hospital São Sebastião Mártir, são 14 leitos de UTI, sem divisão por planos de saúde ou tipo de enfermidade. Onze estão ocupados, quatro com infectados por Covid-19 e sete por outros problemas de saúde. De acordo com o presidente da instituição, Luciano Spies, o hospital conta com a possibilidade de aumentar em quatro leitos de UTI. “Não é o caso no momento, pois felizmente ainda não há a demanda, e a colocação de UTIs em utilização gera um custo muito alto. Mas quando for preciso, iremos colocar em funcionamento essas outras quatro unidades de tratamento intensivo, pois já possuímos os equipamentos e o espaço”, explicou Spies.

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