Segundo dados do IBGE de 2022, a expectativa de vida da população masculina é de 72,2 anos e a feminina atingiu 79,3. No Brasil, a mortalidade do público masculino é maior em quase todas as faixas etárias devido à falta de políticas públicas focadas nos homens, além do preconceito e ignorância por parte dos próprios pacientes. De acordo com o Programa Nacional de Saúde (PNS), a taxa de mulheres que vão ao médico é de 82,3%, bem acima dos 69,4% registrados entre os homens.

O estímulo desse hábito é a explicação para a diferença entre os gêneros feminino e masculino quando o assunto é presença no médico. Desde cedo, a maioria das mulheres é incentivada a buscar o sistema de saúde, visitando periodicamente o ginecologista e outras especialidades. Entre os homens, porém, a não ser que apareça algum sintoma ou dor que incomode, a maioria tende a buscar uma avaliação médica somente após os 40 anos de idade.

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O médico urologista Eduardo Bauer Gröhs explica que, em razão dessa negligência, diversas doenças podem surgir sem que sejam descobertas e, com isso, não são tratadas precocemente ou corretamente. “A adoção de um comportamento preventivo mais frequente, aliada aos hábitos alimentares saudáveis, como prática de exercícios físicos e a renúncia ao tabagismo, tem um relevante impacto positivo no bem-estar do paciente”, garante.

Segundo Gröhs, o médico especialista que mais se aproxima do que seria um “ginecologista masculino” é o urologista. A avaliação desse especialista não se restringe ao exame de próstata e o “temido” toque. É de extrema importância pedir ao profissional que faça uma avaliação global da saúde. “O papel do urologista deve ser identificar as necessidades e orientar os homens para que busquem alternativas que visem uma melhora de sua saúde. Não deve perguntar somente sobre a próstata, mas checar o peso, os hormônios, a função hepática, orientar sobre adoção de hábitos saudáveis”, afirma o profissional.

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Ele também garante que a prevenção de doenças e a sua detecção precoce permite um tratamento mais específico e vantajoso para as pessoas, resultando em maior qualidade de vida e, por consequência, aumento da sobrevida.

Andropausa

Você sabia que os homens também reduzem a produção de hormônios com a idade? Mais da metade dos homens brasileiros não sabe o que é andropausa e 51% deles nunca foram ao urologista, aponta pesquisa realizada pela Bayer, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Por conta disso, Gröhs faz um alerta para que se observe a presença de alguns sintomas. Caso alguns deles se façam presentes, é indicado que se procure um médico para avaliar se a saúde está em dia.

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Os sintomas:

• Depressão
• Alterações do humor
• Diminuição da libido e disfunção erétil
• Diminuição dos músculos e redução da força
• Alterações nos pelos do corpo
• Osteoporose
• Distúrbios do sono
• Aumento da gordura visceral

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