Aprovada em abril pela Câmara de Vereadores, a reforma do transporte coletivo urbano em Santa Cruz do Sul sairá do papel até o fim do ano, segundo a Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana. Uma das principais mudanças para os usuários, além da reestruturação dos itinerários, será a implantação do sistema de tarifa integrada.

Em maio, a Prefeitura assinou um novo contrato com a Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências (Fundatec), de Porto Alegre, que irá acompanhar a implementação do modelo. A Fundatec já havia realizado o estudo técnico que apontou as soluções incluídas na reforma. O objetivo é reduzir o custo operacional para tornar o serviço sustentável em meio a uma realidade de queda no volume de passageiros nos últimos anos.

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Isso vai significar diminuição no número de ônibus em circulação, utilização de veículos menores e redução de cobradores. Os coletivos também serão equipados com GPS, o que permitirá que a secretaria tenha acesso a informações em tempo real sobre o fluxo. Conforme o secretário Valmir José dos Reis, as alterações já foram pactuadas com o Consórcio TCS e a próxima fase é colocá-las em prática, o que irá ocorrer ao longo dos próximos meses.

Com a integração da tarifa, que já existe em dezenas de municípios, usuários que precisam fazer baldeação não precisarão pagar a segunda passagem. O plano também prevê aumento de cerca de 35% no número de horários. A expectativa, segundo Reis, é atrair mais passageiros ao sistema a partir das mudanças.

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De acordo com o secretário, conforme foi prometido pela Prefeitura em abril, não haverá alteração na tarifa, que está congelada em R$ 4,45 desde 2020, ao menos até fevereiro do ano que vem. “E se conseguirmos aumentar o número de passageiros de maneira com que o serviço se torne superavitário, podemos até reduzir a passagem”, afirmou.

Reis acrescenta que, com a instalação de GPS nos ônibus, cujo custo caberá ao consórcio, a Prefeitura poderá identificar mais facilmente a necessidade de ajustes para evitar desequilíbrios financeiros. “Não dependeremos mais de o consórcio nos passar as informações, teremos um controle autônomo sobre o sistema. Vamos saber, por exemplo, se uma linha ou horário está com poucos passageiros”, explicou.

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O contrato com a Fundatec, assinado com dispensa de licitação, vai até maio de 2023 e custará R$ 246,5 mil. No ano passado, a Prefeitura repassou R$ 165 mil à organização para bancar o estudo.

Governo repassou R$ 430 mil em três meses

Mesmo com a extinção do subsídio nos moldes do que foi instituído em 2021, a Prefeitura repassou cerca de R$ 430 mil ao Consórcio TCS nos últimos três meses. Em abril, quando a reforma foi apresentada, o Palacinho anunciou que, ao invés de subsidiar o serviço, passaria a bancar as isenções e meias-passagens. O aporte só é feito nos meses em que há déficit, o que segue acontecendo apesar do aumento no volume de passageiros em comparação à fase mais aguda da pandemia, em razão de fatores como a inflação dos combustíveis.

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Cerca de 22,6 mil pessoas têm direito à isenção, que é assegurada a idosos e pessoas com deficiência, enquanto 23,2 mil estudantes se valem da meia-passagem. O teto definido pela Prefeitura para o valor repassado à empresa é de R$ 150 mil por mês. Até 2019, a média de passageiros por mês chegava a 400 mil. Com as restrições impostas pela pandemia, o volume chegou a cair a 90 mil. Atualmente, de acordo com a Prefeitura, a média está em 250 mil.

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