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Economia

Tabaco põe empresas na lista das maiores do País

Duas das principais empresas do setor do tabaco e das mais representativas de Santa Cruz do Sul estão entre as 500 maiores do Brasil, segundo o ranking anual da revista Exame divulgado nessa semana. A Souza Cruz aparece na 85ª posição e a Universal Leaf Tabacos na 464ª. As três primeiras são, pela ordem, Petrobras, BR Distribuidora e Ipiranga.

Segundo a revista, a Souza Cruz fechou 2015 com vendas líquidas na ordem de US$ 1,68 bilhão, à frente de gigantes como Azul, Oi, Natura, Renner e Nestlé. Já a Universal Leaf registrou vendas líquidas de US$ 318 milhões no ano passado, conforme consta no ranking. Quando analisadas apenas as empresas com sede no Sul do Brasil – a matriz da Souza Cruz fica no Rio de Janeiro –, a Universal Leaf aparece em 75º no ranking. No ano anterior ocupava a posição 94.

A revista também listou as 400 maiores empresas do agronegócio nacional e, além da Souza Cruz (23º) e da Universal Leaf (108º), apareceram CTA Continental (194º) e China Brasil Tabacos (197º), ambas de Venâncio Aires. Outras companhias do setor não aparecem no ranking da revista Exame – realizado desde os anos 70 – porque optaram por não divulgar seus números.

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Diretor de Tabaco da Souza Cruz para as Américas, Dimar Paulo Frozza destaca a importância de Santa Cruz do Sul para os resultados da multinacional. “A unidade de Santa Cruz é estratégica. Além do vínculo histórico da empresa com a região, é aqui que temos a maior linha de processamento de tabaco da BAT (controladora da Souza Cruz) em todo o mundo”, destaca o executivo.

Conforme Frozza, que é natural de Erechim e está na Souza Cruz há 38 anos, no início de 2016 a cidade ganhou ainda mais importância para a companhia com a inauguração do Centro de Excelência Global de Tabaco da BAT. Ele destaca que, além disso, foram feitos investimentos na estrutura da fábrica, que tem capacidade para processar até 80 milhões de quilos de tabaco em uma safra. No pico do processamento a Souza Cruz chega a empregar 2,4 mil pessoas. Considerando os indiretos, o número salta para até 3 mil trabalhadores.

Contrabando é o maior desafio do setor

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Para o diretor de Tabaco da Souza Cruz para as Américas, Dimar Paulo Frozza, o futuro das empresas do setor nos próximos anos passa pelo controle e redução do contrabando. Este é o maior desafio da cadeia produtiva do tabaco, destaca. No início do ano a Souza Cruz fechou a fábrica de cigarros em Cachoeirinha alegando, entre outros, o crescimento do mercado ilegal e da carga tributária que incide sobre o produto.

“Quase um terço de todo o mercado nacional está na mão do crime, que vende um produto de péssima qualidade, sem controle sanitário e sem recolhimento de impostos. O governo precisa entender que, aumentando cada vez mais a carga tributária do produto formal, só estimula o contrabando”, destaca Frozza, sugerindo um escalonamento da tributação sobre o cigarro. “Estamos lutando não por ajuda, mas para que o governo nos deixe trabalhar.”

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