Tabaco lidera ranking de exportações no Estado, mostra levantamento da Fiergs

Puxadas pelo tabaco, as exportações gaúchas abriram o ano em alta. É o que mostra um levantamento divulgado na tarde dessa quarta-feira, 19, pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), com dados de janeiro.

Segundo o documento, baseado em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o desempenho geral foi positivo entre os segmentos. Dos 23 analisados, 14 apresentaram expansão nas vendas. Nesse cenário, uma informação que tem repercussão positiva e reflexos diretos no Vale do Rio Pardo está ligada ao tabaco.

LEIA TAMBÉM: Tabaco fecha 2024 em segundo lugar nas exportações gaúchas

Tradicionalmente o que mais exporta no Rio Grande do Sul, o segmento de alimentos perdeu a primeira posição para tabaco em janeiro. Com exportações direcionadas principalmente à China, mas com embarques atípicos para Tunísia e Vietnã, a indústria fumageira comercializou US$ 405,1 milhões. É uma elevação de 42,5% em relação a janeiro de 2024, tanto nas quantidades (21,8%) quanto nos preços (17%), segundo a Fiergs.

Com isso, o ramo de alimentos caiu para segundo lugar, com US$ 325,9 milhões de receita – recuo de 11,7% frente a janeiro do ano passado. Contribuiu para o desempenho especialmente a redução na quantidade exportada, 25,6%, já que os preços médios subiram 18,7%.

LEIA TAMBÉM: Exportações de tabaco alcançam quase US$ 3 bilhões em 2024

Químicos foi o terceiro segmento que mais vendeu: US$ 110,3 milhões, alta de 2,5%. Só que, ao contrário de alimentos, as quantidades comercializadas aumentaram 16,1%, enquanto os preços médios caíram 11,7%.

Vale mencionar ainda os embarques de veículos automotores (US$ 75 milhões ou mais 48,1%) e de máquinas e materiais elétricos (US$ 33,6 ou mais 105,5%). Ambos têm importantes contribuições para a composição da taxa de crescimento das exportações da indústria de transformação gaúcha.

Importações

Em janeiro, o Rio Grande do Sul importou US$ 1 bilhão em mercadorias. É uma expansão de US$ 157,7 milhões (17,8%) frente ao mesmo período de 2024. O segmento de químicos (um total de US$ 206,6 milhões ou mais 77,9% em relação ao mesmo mês do ano passado) foi o que mais se destacou.