Com um faturamento que chegou a US$ 3,6 bilhões, as exportações da Indústria de Transformação do Rio Grande do Sul tiveram uma queda de 12,5% nos três primeiros meses de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. O tabaco, no entanto, apresentou melhora.
Segundo análise da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) com base nos resultados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, esse declínio se deu tanto pelas quantidades exportadas (-9,7%) quanto pelos preços médios (caíram 2,9%), revelando menor demanda internacional.
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Dos 23 segmentos exportadores, somente 11 apresentaram aumento de receita na comparação trimestral em relação a 2023. Alimentos foi o que mais se destacou, tendo US$ 1,1 bilhão de faturamento (recuo de US$ 321 milhões ou -22,4%). Em linha com o observado na Indústria de Transformação, preços médios e quantidades apresentaram retração de 7,7% e 15,9% respectivamente, comparados aos primeiros três meses de 2023. Os ramos alimentícios que mais se destacaram foram Óleos vegetais em bruto, com vendas especialmente para a Coreia do Sul, e Abate de aves para os Emirados Árabes Unidos.
Em segundo lugar, Tabaco faturou US$ 611,6 milhões (elevação de US$ 19,5 milhões ou 3,3%) no primeiro trimestre, influenciado por preços médios 17,1% maiores, visto que a quantidade reduziu 10,9%. O ramo que mais comercializou foi o de Processamento industrial do tabaco, tendo a China e a Bélgica como destinos principais dos produtos.
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O terceiro segmento com maior destaque, o de Químicos, faturou US$ 323,9 milhões, elevação de US$ 21,8 milhões ou 7,2% em relação ao mesmo período de 2023. Houve incremento de 11,3% nos preços médios, mas a quantidade vendida, em sentido contrário, caiu 3,5%. Resina termoplástica foi o principal produto embarcado, principalmente para Bélgica e Japão.
Ainda entre os segmentos, destacaram-se as quedas expressivas nas exportações de Máquinas e equipamentos (-US$ 73,5 milhões ou -22,6%), de Celulose e papel (-US$ 86,2 milhões ou -26,5%) e de Veículos automotores (-US$ 73,6 milhões ou -28,2%) no Rio Grande do Sul.
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Comparando-se o resultado de março de 2024 com o mesmo mês do ano passado, a Indústria de Transformação gaúcha apresentou US$ 1,2 bilhão com exportações, retração de US$ 283,4 milhões (-19,2%). A quantidade exportada caiu 13,4% e os preços médios, 6,7%.
O Rio Grande do Sul importou US$ 2,9 bilhões em mercadorias no primeiro trimestre de 2024, retração de US$ 840,4 milhões frente ao mesmo período de 2023, correspondendo a 22,4% de queda. A maior parte da demanda do RS centrou-se em produtos provenientes da Indústria de Transformação apesar do recuo de US$ 515,9 milhões (-18,8%), tendo o segmento de Químicos (-US$ 125,9 milhões ou -20%) como principal destaque. As compras gaúchas do ramo de Intermediários para fertilizantes, adquiridos do Marrocos e da Rússia, e de Adubos e fertilizantes, advindos da Nigéria e dos Estados Unidos, foram os mais comercializados dentro desse segmento.
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