Cerca de 95% das lavouras de tabaco na região de Santa Cruz do Sul já estão formadas. Agora, os produtores torcem pela ajuda do clima para a planta se desenvolver de forma adequada e render uma boa safra. O gerente de Pesquisa da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Paulo Ogliari, ressalta que os 5% ainda não plantados no município estão localizados na parte mais alta, até o limite com Boqueirão do Leão.
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“O pessoal está plantando mais cedo porque, no ano passado, quem fez isso se deu bem. Já no caso de quem cultivou na época normal, de setembro em diante, como houve muitos dias de tempo fechado, o tabaco não se desenvolveu tanto”, explicou. “O produtor plantou cedo também para evitar que em dezembro se tenha muito fumo na lavoura e o sol queime as folhas nobres.”
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Até o último sábado, apenas entre 2% e 3% da área de 4.880 hectares ocupada com a cultura em Santa Cruz já havia sido colhida, segundo a Afubra.
Os próximos meses
Ogliari destaca que o modo como o tempo se comportará a partir de agora vai ditar a quantidade e a qualidade do tabaco que vai ser colhido nas lavouras da região. “Se houver a quantidade necessária de chuva – sem excesso ou falta –, vai dar uma produção igual à do ano passado. Se ficar muito frio ou chover demais, é provável que não se produza tanto.”
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A situação no restante do Vale do Rio Pardo é semelhante. O engenheiro agrônomo Josemar Parise, extensionista da Emater-RS/Ascar, destaca que os pés de tabaco na região estão se desenvolvendo de forma satisfatória até o momento, apesar do nível reduzido de chuvas. “O mês de julho com temperatura média um pouco mais alta fez com que as mudas acelerassem seu crescimento, e elas foram para o campo mais cedo. Isso implica em colheita antecipada”, esclarece.
“As folhas do baixeiro, com muito boa qualidade, já estão sendo colhidas no Vale do Rio Pardo. No geral, o aspecto das lavouras é de um verde característico. até porque o clima está contribuindo para isso – não tem ocorrido chuva excessiva.”
Inscrições no sistema mutualista
O gerente de Pesquisa da Afubra, Paulo Ogliari, lembra que outubro é o último mês para o produtor se inscrever no Sistema Mutualista e garantir a segurança da safra. Ele acredita que a maioria dos agricultores da região já fizeram essa garantia, mas explica aos que ainda não estão no sistema que a participação tem carência de sete dias.
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“Quando começa a esquentar o tempo, o granizo se forma com a mudança da temperatura. Se na altura das nuvens tem uma alteração muito brusca, o granizo cai, e para nós isso é normal, a não ser que não chova. Sempre vai ter um ou outro atingido, e quem deixar mais para o fim está arriscando”, afirma.
Quem pagar ainda em setembro tem desconto de 5% à vista. O abatimento vai a 3% para quem quitar até o fim de outubro.
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Segundo Ogliari, em Santa Cruz 360 produtores já tiveram lavouras atingidas pelo granizo nesta safra. No mesmo período do ano passado, apenas 240 haviam sido danificadas pelo fenômeno.
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