Em momentos que se fala muito sobre a diminuição da área plantada do tabaco, as incertezas sobre as possíveis restrições a serem tratadas na Índia e a perda de espaço para novas culturas, a família Raminelli, de Linha Taquaral, interior de Arroio do Tigre, caminha na contramão e aumenta, a cada ano, o plantio. Isso se deve à força agregada pela filha e o genro, o que possibilitou, inclusive, novos investimentos na propriedade. O quadro Café na Roça visitou a família na segunda-feira, 31, para conhecer o dia a dia da família. Já bem adiantados, Raminelli conta que pretende começar a colher em poucos dias. No ano passado, foram 96 mil pés de tabaco. Para a safra 2016/2017, foram incluídos mais 4 mil, totalizando 100 mil pés.
Conforme a filha Alexandra, que decidiu permanecer na propriedade e ajudar os pais, o orgulho de pertencer à localidade e seguir os passos dos pais a motivam a cada dia. “Não tenho medo de sol quente. Sou uma jovem rural com muito orgulho, com força de vontade e pronta pra trabalhar. Pra mim não tem tempo ruim”, disse. Um dos destaques da propriedade é a limpeza das lavouras. O verde da planta contrasta com o marrom da terra. “Muita gente reclama de plantar fumo. Nós aqui do taquaral temos um diferencial, nós produzimos qualidade e por isso vendemos bem. Não adianta ter um produto ruim e querer que a compra seja boa”, acrescenta Ilésio.
Além do fumo, a família planta alimentos para subsistência. Marinês também aumenta a renda da família com seus artesanatos, venda de queijo, frango e porco. Unida, a família vive um bom momento em Linha Taquaral. Isso pode ser notado pelo investimento que fizeram para esta safra. Instalaram dois fornos elétricos, tudo para garantir uma melhor secagem do fumo, aumentado dessa forma a qualidade do produto. As mulheres da família também se dedicam ao embelezamento do jardim da residência, com o plantio de flores e organização das plantas ornamentais. Elas também se dividem com os cuidados do lar.
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Na época da safra, o trabalho aumenta e, por vezes, é necessária a ajuda de peões. “Agora teremos a ajuda da filha e do genro, mas não podemos dizer que não vamos precisar de mais gente. O fumo, quando está na sua hora, precisa ser colhidos”, acrescenta Raminelli. A família também faz parte da Juventude Rural da localidade e todo ano participa das atividades das Olimpíadas Rurais de Arroio do Tigre.
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