A pretensão da equipe da 8ª Expedição Os Caminhos do Tabaco é mostrar, de fato, o caminho que esse produto faz, da propriedade à fumageira até a exportação para mais de cem países. Por isso, mantendo uma lógica temporal, a programação começou com as visitas no Paraná e iria acabar no Porto de Rio Grande, ponto de saída do produto.
Uma alteração na agenda portuária, no entanto, fez com que fosse antecipada a estada na cidade do Sul do Estado. E parece que a decisão foi acertada. O navio Seaspan Empire, com bandeira de Hong Kong, estava atracado com seus 2.307 contêineres à espera de que fosse esvaziado. Esse trabalho de ritmo intenso, que começou nessa quinta-feira, 9, às 13 horas, deve estar concluído nesta sexta-feira, 10, às 12 horas.
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Geralmente, as embarcações, assim como estão descarregando, já recebem novos produtos com destinos diversos. Esse caso, que teve apenas o desembarque, é considerado uma exceção. Diferente no modelo, mas semelhante no método adotado para garantir dinamismo ao processo. Assim como os guindastes tiram os contêineres de dentro do navio, 56 caminhões da frota da empresa detentora dos direitos de exploração, a Wilson Sons, realizam o “carrossel” – levam até o ponto em que será buscado pela empresa importadora, fazendo o sentido inverso, quando é para carga.
Quanto ao tabaco – que pode ser o de Florisvaldo Sussela Grande, lá de Água Azul, no interior de Lapa, no Paraná –, segue da fumageira até o porto e dali para o restante do mundo. O processo é o seguinte: a empresa de fumicultura e o armador (proprietário dos navios) estabelecem um contrato para o transporte. É feito contato com o parceiro do armador para que sejam disponibilizados os contêineres solicitados pela empresa. Depois disso, os caminhões vão até Rio Grande, buscam as estruturas vazias e as enchem nas sedes das fumageiras. Voltam a Rio Grande com a carga completa.
Esse vaivém de caminhões é tão intenso que faz com que o tabaco seja o segundo produto com maior movimentação no Tecon, ficando atrás apenas do arroz. Enquanto o resultado do trabalho dos fumicultores corre o mundo, a maior parte do cereal vai para outros portos do Brasil, reforçando a característica de grande produtor que o Rio Grande do Sul tem.
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Assim como outros setores, a área portuária teve problemas em razão da pandemia. Muitas empresas pararam seu trabalho, o que resultou em falta de produtos. Ficaram escassos também os contêineres. Além disso, muitos navios não conseguiam atracar em alguns portos, devido às exigências e restrições sanitárias, nem conseguiam ser liberados de outros, por doenças.
Outro problema percebido é a guerra no Leste Europeu. Muitas embarcações, que estavam programadas para áreas portuárias em locais afetados pela guerra, não conseguem atracar, bem como ficam impossibilitadas de pegar as cargas que sairiam de lá. Assim, uma ocorrência do outro lado do mundo pode interferir no andamento dos trabalhos no Rio Grande do Sul.
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