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Tabaco brasileiro está apto para o embarque para China

Uma equipe de técnicos chineses passou o último mês na região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, coletando amostras de tabaco processado e fazendo testes laboratoriais para comprovar a sanidade do tabaco brasileiro antes do embarque. A missão chinesa composta por técnicos da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ) concluiu que o produto brasileiro está apto a ser embarcado. A pré-inspeção do tabaco comercializado para o país chinês costuma acontecer anualmente com o intuito de assegurar a ausência de pragas quarentenárias no produto.

O encerramento das atividades de pré-inspeção do tabaco da safra 2016/2017 foi realizado em Santa Cruz do Sul nesta segunda-feira, 14 de agosto, e reuniu representantes do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), integrantes da AQSIQ, da Universidade de Santa Cruz do Sul, empresas associadas e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no estande estufa do SindiTabaco, no Parque da Oktoberfest.

Wan Chengtang, vice-diretor da AQSIQ, apresentou os resultados da pré-inspeção do tabaco produzido no Rio Grande do Sul e processado no período. Foram inspecionadas 57 amostras das 43 mil toneladas destinadas à China. Segundo ele, nas amostras que foram analisadas no laboratório da Central Analítica da Unisc, não foram detectadas pragas quarentenárias importantes, qualificando o produto como apto para embarque.

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“Com a colaboração de todos os envolvidos terminamos o nosso trabalho de uma maneira satisfatória. Foram 30 dias de intenso trabalho e podemos afirmar que o Brasil atendeu aos padrões determinados pelo protocolo e continua garantindo a sanidade do produto que será exportado para a China”, afirmou o representante da AQSIQ que também visitou junto com os demais técnicos o escritório do Mapa em Santa Cruz do Sul para entender melhor as especificações locais e processos burocráticos, bem como empresas processadoras, produtores e centros de pesquisa.

A China é um importante parceiro do agronegócio brasileiro e isso também acontece no setor do tabaco: em 2016 figurou como segundo maior país comprador do tabaco brasileiro, gerando US$ 280 milhões em divisas, 13,4% do total embarcado no ano. Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke,  a China tem um papel fundamental para a liderança do Brasil no ranking mundial de exportação há 24 anos.

“Além do embarque expressivo que agrega renda e divisas, os negócios com o país chinês corroboram a boa qualidade e integridade do nosso produto, considerando que a China é um dos mais exigentes em questões fitossanitárias. Esperamos que as relações de comércio continuem se fortalecendo”, afirmou Schünke, lembrando que o setor brasileiro do tabaco é um dos mais comprometidos com questões relacionadas à sustentabilidade da produção, considerando tanto aspectos ambientais como sociais.

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“Em nome do governo brasileiro estamos felizes pelo reconhecimento do trabalho de nossos técnicos. Temos ciência da importância do setor do tabaco para a economia e não mediremos esforços para manter a cooperação existente”, destacou José Ricardo de Matos Cunha, superintendente substituto e chefe da Divisão de Administração da Superintendência do Ministério da Agricultura do Rio Grande do Sul.

Roque Danieli, auditor fiscal federal Agropecuário, assegurou que o Mapa está aberto a trabalhar de forma conjunta com o setor produtivo para aprimorar questões relacionadas ao protocolo, assim como avaliar possíveis revisões nos parâmetros do mesmo.

A responsável técnica do Laboratório de Fitopatologia da Unisc, Adriana Düpont, acompanhou as análises laboratoriais e enfatizou a importância do trabalho realizado para confirmar a sanidade do produto, bem como a experiência do trabalho em cooperação governamental bilateral com o apoio da academia. “Foram quatro semanas de muito trabalho e de aprendizagem. Trocamos muitas experiências entre as equipes, não apenas técnicas, mas também culturais”, avaliou.

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