Pesquisas baseadas em dados oficiais do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) e do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam o tabaco brasileiro como um dos produtos comerciais agrícolas que menos utilizam agrotóxico. Essa condição foi alcançada graças aos intensivos investimentos das indústrias do setor em pesquisas e desenvolvimento de produtos mais eficientes e com menos impactos ambientais.
Nos últimos 20 anos, a produção de tabaco apresentou uma diminuição de 83,3% no emprego de ingredientes ativos na plantação, chegando ao atual índice de apenas 1,1 quilo por hectare. Além do desenvolvimento de defensivos agrícolas menos agressivos e mais eficientes, a diminuição da necessidade de agrotóxicos se deve a modernas técnicas como o plantio direto e a alternância da produção de tabaco com milho e feijão. Outra prática em favor da redução é a aplicação do Manejo Integrado de Pragas e Doenças (MIP).
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Também é motivo de preocupação do setor o descarte das embalagens de agrotóxicos que são utilizados no tabaco e em outras culturas. Os produtores, que já são orientados a usar somente produtos específicos na cultura do tabaco e registrados pelos órgãos governamentais competentes, são incentivados a fazer a tríplice lavagem e a destinar corretamente as embalagens vazias. Para isso, eles contam com o Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, que surgiu em 2000, antes mesmo de existir a lei que determinasse a devolução dos recipientes, em 2002. Atualmente, existem 1,8 mil pontos de coleta na zona rural, beneficiando ao menos 395 municípios produtores.
O estudo mais recente, realizado por professores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) em 2016, demonstrou que a plantação de tomates usava 46,8 quilos de ingrediente ativo por hectare (kg/IA/ha). Em seguida vinham a maçã (39,1 kg/IA/ha) e a batata-inglesa (31,6 kg/IA/ha). O tabaco aparece em penúltimo lugar em uma lista de 19 culturas, com 1,01 kg/IA/ha, perdendo apenas para a banana (0,48 kg/IA/ha).
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