O Índice de Desempenho Industrial do Rio Grande do Sul (IDI-RS) cresceu 2,2% em janeiro de 2022, se comparado a dezembro de 2021, feito o ajuste sazonal. O índice registrou a sétima expansão em oito meses (período em que acumulou 8% de alta) e atingiu o maior nível da série desde outubro de 2014, 11% acima do pré-pandemia.
A pesquisa, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), foi divulgada nessa segunda-feira, 14. “Os indicadores industriais de janeiro mostraram que a atividade do setor manteve a tendência crescente do ano passado, a despeito do intenso aumento de casos da nova cepa da Covid-19 e da estiagem”, ressalta o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.
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Ele destaca, porém, que o cenário ficou mais adverso com a guerra na Ucrânia, colocando em risco a trajetória de crescimento nos próximos meses. “O conflito, além do impacto negativo na economia mundial, deve aumentar as dificuldades na cadeia de suprimentos, como a escassez e aumento de preços de insumos e matérias primas, gerando novas pressões aos custos de produção, à inflação e aos juros”, afirma.
O desempenho positivo do IDI-RS na virada do ano refletiu, principalmente, os crescimentos das compras industriais (+6,2%) e das horas trabalhadas na produção (+4,6%), além do emprego (+0,3%) e da massa salarial real (+1,1%). O faturamento real das empresas, por outro lado, caiu 2,0% e a utilização média da capacidade instalada (UCI) ficou em 81,3%, uma redução de 1,8 ponto percentual em relação a dezembro.
Na comparação com janeiro de 2021, o IDI-RS aumentou 5,1% (+12,7% no acumulado em 12 meses), décima sétima taxa positiva seguida na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Na mesma base, somente a UCI mostrou queda, de 1,7 ponto percentual. Os demais componentes forneceram contribuições positivas para a atividade: compras industriais (+11,9%), horas trabalhadas na produção (+7,6%), massa salarial real (+6,2%), emprego (+5,7%) e faturamento real (+3,1%).
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Entre os dezesseis setores pesquisados, onze mostraram crescimento na comparação entre os meses de janeiro de 2022 e 2021. As maiores influências vieram de Veículos automotores (+21,8%), Máquinas e equipamentos (+14,8%) e Tabaco (+20,6%), enquanto os impactos negativos que mais afetaram a atividade industrial foram de Alimentos (-3,2%), Produtos de metal (-2,9%) e Móveis (-11,7%).
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