Esse dito popular está consagrado entre o povo. Basta a pessoa irritar-se por qualquer desavença de pensamento, lá vem o conselho “tá nervoso, vai pescar”.
Sair da rotina é uma ótima solução para acalmar. A questão maior é quando não consegues te desligar de algum problema grave que está te incomodando.
Andava nervoso, impaciente, estressado e qualquer coisa bastava para que explodisse e causasse problemas para as pessoas da minha convivência. Coitadas, não tinham nada a ver com meus problemas.
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Tinha um exame de rotina no cardiologista. Estava ansiado e nervosíssimo na sala de espera. Achei que morreria antes de fazer o exame de esteira. Disse-me que nos exames fui bem e não teria nada de mais grave de saúde.
Dias depois, fui urgente para o Ana Nery. Não estava bem e a pressão disparou. Medicado, retornei para casa. Fui a Garopaba para descansar e fugir da rotina. O estresse foi de carona. Estava escondidinho entre os bancos.
Cheguei ansiado e com a pressão estourando. Dois dias seguidos fui atendido pela UPA de Garopaba.
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A vizinha me indicou um médico, dr. Rota, que me atenderia numa clínica particular. A pressão estava a mil. O nervosismo e a ansiedade, idem. E o médico não chegava. Será que vai me dar um piripaque antes do médico chegar, pensei.
– Clóvis, já tentaste montar num cavalo chucro? O que faz o cavalo chucro, vai para o lado que tu mandares ou vai para onde ele decidir te levar?
Continuou: – Tua mente está igual ao cavalo chucro. Não tem mais controle sobre teu corpo e descontrola a sua própria pressão. Vou te dar dois remédios. Um para acalmar o cavalo. Ponha debaixo da língua. Podes usar até três por dia. O outro remédio, tomas todas as manhãs. Esse vai domar tua mente.
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Saí do consultório mais aliviado. Entendi perfeitamente o que estava sentindo. O médico, dr. Rota, pôs a minha mente na rota certa e nunca mais tive esse problema de pressão alta. O médico não fez nenhum milagre, só conversou comigo e explicou de maneira didática e simples aquela resposta que tanto procurei com outros profissionais.
Quem sou eu para dar conselhos aos médicos, mas me atrevo a dizer: converse mais com seus pacientes, muitas doenças vêm de uma mente perturbada.
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