Dentro das apurações que culminaram na prisão nessa quinta-feira, 24, do motorista de aplicativo responsável por transportar drogas em Santa Cruz, a Polícia Civil de Vera Cruz identificou corridas que ele realizou a mando do traficante conhecido como Imperador. Em uma conversa interceptada, Pernambuco, como o motorista é conhecido nos meios policiais, pede para o traficante R$ 2 mil em “raio” (gíria usada recorrentemente para se referir a cocaína), que seria para repassar a uma cliente.
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Ao final da mensagem, cobra a comissão: “Tá ligado, né?! A comissão do papai!”. Na conversa, ocorrida em 1ª de abril, um sábado, por volta de 16 horas, Pernambuco intermedia a negociação da expressiva quantidade de cocaína para uma prostituta de luxo, que faria um programa para um homem em Rio Pardo. “Eu vô botá tu na fita aí, mas te liga, tá irmão! Ela quer dois pau! Aí tá ligado, né, a comissão do papai?!”, diz ele a TR.
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Outro diálogo que chamou a atenção da polícia aconteceu no dia 6 de abril, à 1h22 da madrugada, quando Pernambuco mandou uma foto de dentro do carro para TR, de um homem que se encontrava em um posto de combustíveis. Ele solicita uma arma de fogo para o líder e diz que quer matar o rapaz que estava no estabelecimento. “Eu faço. Me arruma a peça (arma).” Imperador, no entanto, não autoriza o assassinato.
A Gazeta do Sul conversou com o advogado que faz a defesa do homem preso ontem. Felipe Raúl Haas afirmou que as provas da polícia são somente mensagens de aplicativo WhatsApp, mas que não o ligam à traficância. “São só conversas, mas ele nunca teve contato com drogas, e sim conversava sobre drogas. Essa é a nossa linha de defesa principal. Nesta sexta-feira, entrarei com um habeas corpus no Tribunal de Justiça de Porto Alegre para que ele responda ao processo em liberdade”, comentou o defensor.
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