Nesta quarta, 6, Sylvester Gardenzio Stallone completou 70 anos. Ninguém achava que pudesse virar astro em Hollywood, mas milagres acontecem. Além de brucutu, Sly, como é chamado, sempre falou enrolado. Isso se deve a um acidente de nascença. Os médicos, ao usar o fórceps, cortaram um nervo do rosto e o bebe ficou com a face parcialmente paralisada. Fez inúmeros testes, nada dava certo para ele. Em 1970, aos 24 anos, ele dormia na rua em Nova York. Conta a lenda que viu um anúncio pedindo ‘modelos’ para filmes pornô. Ganhou seu primeiro papel em The Party at Kitty and Stud’s. Sim, ele fazia tudo o que você pode imaginar. Anos mais tarde, o filme foi relançado como Italian Stallion, para apelar a nova popularidade de Stallone em Rocky, Um Lutador, de 1976.
Mas é bom não adiantar. O sexo explícito matou-lhe a fome e lhe deu certa projeção. Stallone começou a ganhar pequenos papéis – foi um assaltante no metrô em Bananas, de Woody Allen; um dançarino na boate de Klute, o Passado Condena, de Alan J. Pakula; e o garoto que Jack Lemmon toma por batedor de carteiras e derruba em O Prisioneiro da Segunda Avenida. Em nenhum desses filmes ganhou crédito. Em meados dos anos 1970, ele estava na maior crise de identidade. Os EUA, também, após o escândalo de Watergate. Stallone teve um estalo, escreveu um roteiro sobre um aspirante a pugilista que enfrenta campeão.
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