A Polícia Civil suspeita que as máquinas apreendidas em uma fábrica clandestina de cigarros, em Montenegro, sejam de Santa Cruz do Sul. Agentes cumpriam mandados de busca por uma investigação de estelionato quando perceberam uma movimentação estranha dentro da fazenda. Três pessoas foram presas na ação, duas delas do Paraguai, e foram apreendidas mais de 10 toneladas de cigarros. Também foram resgatados 11 paraguaios que trabalhavam em situação análoga à escravidão.
Além dos cigarros, ainda foram apreendidos equipamentos, matéria-prima, selos e documentos de origem paraguaia – os quais seriam utilizados na tentativa de fazer com que o cigarro fabricado ali se passasse por um de marca original. De acordo com o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Montenegro, delegado Paulo Ricardo Costa, a suspeita é de que o maquinário utilizado na produção seja de Santa Cruz do Sul. O motivo que leva a essa hipótese não foi informado. Costa explica que a situação encontrada era semelhante à de Cachoeira do Sul – onde no ano passado a Polícia Civil fechou uma fábrica clandestina de cigarros – mas ainda não há indícios de que os dois esquemas tivessem relação.
A origem do tabaco encontrado no local será investigada, porém, não está descartada a possibilidade de que parte também seja do Vale do Rio Pardo. Os locais para onde os cigarros eram distribuídos ainda serão investigados. “O ponto onde a fábrica foi instalada é de fácil distribuição para os vales do Taquari, Rio Pardo e Caí”, comenta o delegado sobre a localização estratégica.
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