O COI usou dois critérios para justificar a decisão de incluir as modalidades no programa olímpico: as que são extremamente populares no Japão (beisebol/softbol e caratê) e as que vão atrair atenção dos jovens (surfe, escalada e skate). “O beisebol é o esporte nacional do Japão. O caratê nasceu no país. Já os outros vão inspirar jovens a gostarem do esporte olímpico”, afirmou Yoshiro Mori, membro do comitê executivo dos Jogos de Tóquio.
Jogos de Tóquio
Thomas Bach, presidente do COI, considerou a proposta histórica, já que é a primeira vez que tantos esportes entram em uma edição. Ele ressaltou, porém, que a inclusão só vale para 2020. “Essa proposta serve para aumentar a flexibilidade para novos programas olímpicos. Ela não é vinculada para Jogos Olímpicos no futuro”, apontou.
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O beisebol e o softbol terão seis seleções disputando as medalhas. O Comitê Organizador de Tóquio apontou que já entrou em acordo com quase todas as federações nacionais do esporte, com exceção da Federação Norte-Americana. “Estamos conversando com eles”, disse Mori. Membros do comitê mostraram preocupação com a não participação de estrelas no esporte, mas aceitaram a inclusão dos esportes.
O skate terá a modalidade street (com obstáculos) e uma de pista em local fechado, com 40 participantes (20 no masculino e 20 no feminino) em cada uma. O surfe será disputado por 40 atletas, 20 no masculino e 20 no feminino. O caratê terá competições nas categorias de combate (kumite), com 60 atletas, e de exibição (kata), com 20 atletas. Já a escalada será disputada por 20 atletas no masculino e 20 no feminino.
Com a novidade, o número de esportes subirá para 33. A edição de 2020 será a com maior número de modalidades na história das Olimpíadas.
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Animação
A entrada dos cinco novos esportes animou atletas brasileiros. Fora dos Jogos do Rio, nomes conhecidos como Gabriel Medina e Adriano de Sousa (o Mineirinho) e nem tão conhecidos como o do carateca Breno Teixeira vão ter a chance de representar o país em uma Olimpíada.
Em entrevista ao Portal EBC no último mês, Mineirinho via com animação a possibilidade de participar dos Jogos de Tóquio: “Enxergo como um prêmio muito merecido ao surf como esporte e uma oportunidade incrível de poder representar a bandeira brasileira”. Na última terça (2), quando visitou a Vila Olímpica, Medina também demonstrou animação com a entrada do surfe nos jogos: “Espero um dia poder estar em um prédio desses junto com toda seleção do Brasil. Seria um sonho para nós”.
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Breno Mateus, campeão sul-americano de caratê, diz que está feliz pela modalidade. “O primeiro sonho já foi realizado de tornar o caratê olímpico. Agora, eu vou treinar mais porque tenho certeza que a concorrência vai aumentar. Finalmente, o caratê vai ganhar o respeito que merece”.
Atleta da escalada, Felipe Ramos, faz parte de um esporte que sequer tem confederação brasileira. Ele acredita que o esporte pode se popularizar no país. “Uma competição traz seus benefícios. Promoção da atividade, melhor estruturação da atividade no país, interesse de patrocinadores e de novos praticantes. Mas existe um custo. Os vilões são a esportivisação e o “alto rendimento”. As atividades crescem em quantidade, mas não em qualidade. Portanto, a estruturação deve ser bem pensada e elaborada”, aponta.
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