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Suprema Corte decide que Parlamento britânico tem que aprovar Brexit

A Suprema Corte do Reino Unido decidiu nesta terça-feira, 24, por oito votos a três, que a primeira-ministra Theresa May deverá obter a aprovação do Parlamento britânico para dar início ao processo de saída formal da Grã-Bretanha da União Europeia (UE). A Corte afirmou que May não poderia usar sua “prerrogativa real” para invocar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa e começar a negociação de saída sem aprovação parlamentar.

O Artigo 50 do Tratado de Lisboa estabelece que a saída de um país da UE pode levar dois anos e diz que qualquer Estado-Membro que decida retirar-se da União deve notificar a sua intenção ao Conselho Europeu.

A primeira-ministra já anunciou publicamente diversas vezes que pretende desencadear o processo legal para deixar a União Europeia até o final de março deste ano. De acordo com o porta-voz de May, a decisão de hoje não interfere nos planos do governo, que submeterá o assunto ao Parlamento em breve.

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Com a necessidade de aprovação parlamentar, pode ser que os planos de May sejam adiados, caso não se tenha uma decisão até final de março. No entanto, a primeira-ministra acredita, conforme declaração dada semana passada, quando do anúncio das estratégias para o Brexit, que o parlamento irá respeitar a vontade do povo britânico e decidirá pela aprovação do processo de saída da UE.

Setores da sociedade que são contra o Brexit comemoraram a decisão e têm esperança que as discussões no Parlamento sobre as consequências do Brexit suavizem uma possível “saída dura” da UE.

No entanto, a Suprema Corte decidiu ainda que Londres não terá de consultar Escócia, País de Gales ou Irlanda do Norte antes de iniciar o processo de saída. A decisão causou revolta nas alas pró-Europa. Nicola Sturgeon, primeira-ministra da Escócia, país que votou majoritariamente contra a saída do Reino Unido da UE, afirmou que a Escócia não está sendo ouvida e que é fundamental que o parlamento possa debater e decidir sobre o desencadeamento do artigo 50 e também sobre os termos de negociação.

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“O Governo escocês apresentará uma proposta de Consentimento Legislativo e assegurará que o Parlamento escocês tenha a oportunidade de votar se consente ou não com o desencadeamento do Artigo 50”, afirmou Sturgeon.

Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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