Faz Party é antes de tudo um prisma. Um disco que nos estimula a imaginar, e que desde a primeira faixa, Toneladas, nos impulsiona a encontrar nossa potencialidade. Ao abrir caminhos, tudo torna-se disponível bem à nossa frente. O primeiro álbum da Supervão entra nas plataformas streaming no dia 26 de julho e foi viabilizado pelo edital da Natura Musical junto à Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, além do selo HoneyBomb Records, responsável pelo lançamento. A obra dá sequência a uma discografia que já tem dois EPs: Lua Degradê (2016) e TMJNT (2017), ambos trabalhos colaborativos entre a Honey e a Lezma Records, selo que nasceu junto com a banda, em 2016, fundado pelos próprios integrantes Mario Arruda, Leonardo Serafini e Ricardo Giacomoni.
Essa sensação prismática do disco tudo tem a ver com o conceito de banda multigênero, que mistura elementos orgânicos e digitais. Faz Party está na pista, e por isso, na interação entre pessoas. Nos faz desatar o corpo e as emoções para começar a dançar. É leve, sem ser simplista e purista. Evoca a ciranda na faixa Asabelha E Capoeira, ao apresentar uma releitura da bossa Berimbau, de Vinicius de Morais e Baden Powell. E faz jus ao cotidiano de luta e correria de um brasileiro comum, em Cor Guia, quando ao invés de apresentá-lo como herói, o descreve como um surfista de trem, em meio à suas inseguranças, dúvidas e angústias. Faz Party nos faz deslizar no salão ou nas festas de rua, com a cabeça onde a gente conseguir alcançar, porém com os pés ainda no chão.
A identidade visual do projeto traz elementos gráficos, que remetem a estética vaporwave e glitch, além de bastante saturação e um flerte com o lo-fi e a alta definição, ao mesmo tempo. Assim como as letras e a sonoridade, a Supervão não escolhe apenas uma direção. Tudo se choca na tentativa de ser complementar, como uma enorme colagem. O disco foi gravado em um home estúdio na casa de Mario Arruda, em São Leopoldo, que também foi quem fez o trabalho de mixagem. Apesar de ser um ambiente caseiro, o estúdio traz alguns recursos profissionais, uma vez que, tudo o que ganharam com a banda, foi investido em equipamentos. “A ideia era que o disco mantivesse esse fazer Do it Yourself, que tem se tornado característica no cenário brasileiro. Mas para que se alcance uma estética melhor acabada, buscamos fazer a masterização com o Felipe Tichauer, RedTraxx. O objetivo da montagem dessa lógica de produção foi desenvolver uma estética que dialoga com o que mais gostamos nas bandas gringas, e também com as plásticas que ficaram conhecidas em discos e filmes brasileiros. Buscamos uma sonoridade que, em seu ideal, seria como um filme de Glauber Rocha com som remasterizado em um stereo 5.1”.
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O disco foi selecionado pelo Natura Musical por meio do edital 2018 com financiamento da Lei de Incentivo à Cultura Pró-Cultura RS por meio da Secretaria de Estado da Cultura e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. “O Natura Musical foi criado para valorizar a diversidade e identidade da música brasileira”, diz Fernanda Paiva, gerente de Marketing Institucional da Natura. “Desde 2014, o edital já ofereceu recursos para 23 projetos no Rio Grande do Sul, como Dingo Bells, CCOMA, Yangos, Musa Híbrida e, agora, o Supervão”, completa.
Shows de lançamento
A banda divulga cinco shows de lançamento e em breve irá anunciar mais datas. Para começar, ela se apresenta dia 03 de agosto, em Porto Alegre, no Agulha, dia 09 segue para Curitiba, no Raposa Clube Recreativo. Já no dia seguinte, chegam em São Paulo, no Centro Cultural São Paulo. Todos esses três primeiros shows serão gratuitos. Já o Bananada será o primeiro festival a receber a banda com o novo trabalho, no dia 16. E, na cidade natal do trio, São Leopoldo, eles fazem show dia 14 de setembro, no Primeira Reza.
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Supervão em Porto Alegre
Data:03/08
Local: Agulha – R. Conselheiro Camargo, 300
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Horário do show: 22h
ENTRADA GRATUITA
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