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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Tabaco de enrolar: de Santa Cruz do Sul para o mundo

Volonghi: alternativa deixou de ser apenas uma aposta para se consolidar no mercado brasileiro, como aconteceu em outros países

Para as civilizações pré-colombianas, o consumo do tabaco era um ritual espiritual. Populações indígenas que viviam no que hoje conhecemos como o continente americano plantavam e consumiam o tabaco para fins medicinais, e realizavam cerimônias com propósitos terapêuticos utilizando a fumaça da planta, há mais de 8 mil anos. Após as invasões europeias do século 16, o hábito do consumo do tabaco se espalhou pelo planeta, e, com a revolução industrial e o avanço do capitalismo, popularizou-se e ganhou o mundo.

Por muito tempo glamurizado, o consumo de cigarros é, nos dias atuais, quase que unicamente evidenciado pelos potenciais males que seu uso pode representar para o ser humano. Mas quem opta por fazer do hábito de fumar um prazer – direcionado a adultos e com venda restrita – sabe que está adotando um costume que oferece riscos, assim como outros fatores, como o consumo de bebida alcoólica ou uma vida sem a prática regular de exercícios físicos, por exemplo.

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A opção por fumar, portanto, é uma decisão individual repleta de tabus e restrições, o que faz a história da HBT Tabacos, sediada há dois anos em Santa Cruz do Sul e completando uma década de existência, ser ainda mais interessante: a empresa aposta na popularização de um novo estilo de consumo de tabaco no Brasil, que já é uma realidade na Europa e nos Estados Unidos, e até pouco tempo atrás era bastante difundida no interior do País: o de enrolar o próprio tabaco e fazer o seu cigarro.

“A HBT nasceu do propósito de ter um lifestyle, uma qualidade e estilo de vida próprios, uma oportunidade de negócios que espelha o que acontece na Europa e nos Estados Unidos. A gente entendeu essa oportunidade de negócios há alguns anos. A HBT surgiu para ser uma empresa que consiga imprimir os propósitos dos sócios junto aos produtos que inserimos no mercado”, explica Giorgio Volonghi, criador do papel aLeda.

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“Após dez anos, temos distribuição em todos os estados brasileiros. Um dos maiores ativos da companhia é a rapidez de chegar nos pontos de venda. Então, a pulverização, a capilaridade que a empresa tem é um ponto relevante nesse negócio”, ressaltou Volonghi.

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Tudo começa no papel

Quem é criado no interior do Rio Grande do Sul, com certeza, já conhece alguém que faz uso do tabaco de enrolar. Em eventos na zona rural, não é incomum vermos o homem do campo tirar do bolso o seu próprio saquinho de fumo, na maioria das vezes produzido em sua propriedade, e enrolar um cigarro.

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Os mais antigos consumiam também o fumo em corda, muitas vezes enrolados em palha de milho. A HBT, hoje sediada em Santa Cruz do Sul, foi a primeira empresa 100% brasileira a vender fumo para enrolar e investir nesse tipo de consumo em larga escala.

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O papel para enrolar da marca aLeda é produzido sob encomenda pela HBT e distribuído em todo o Brasil, na esteira do sucesso desse segmento de comércio

A história da HBT (Handmade Brazil Tobacco – Tabaco do Brasil feito à mão, na tradução livre do inglês) começou com um único produto, ainda em 2006. O papel para enrolar da marca aLeda foi uma criação dos irmãos Renato e Giorgio Volonghi, que revolucionou o mercado do “rolling paper” com um tipo de papel diferenciado por sua qualidade.

Após o sucesso do papel para enrolar, também chamado de “seda”, em 2011, os irmãos Volonghi se aliaram ao empresário William Jambeiro para criar a HBT. Assim, introduziram um novo segmento no Brasil: o de comprar seu tabaco e enrolar o próprio cigarro. Assim surge o “Hi Tobacco”, um tipo de fumo selecionado e de alta qualidade, que já possui um “irmão mais novo” nascido em 2015, o “Rainbow”.

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