Proprietário de um prédio na esquina das ruas Marechal Deodoro e 28 de Setembro, Lauro Mainardi Júnior enfrenta problemas com o esgoto que passa pelo subsolo. Ao invés de esgoto pluvial, com água da chuva, o esgoto cloacal, que vem das privadas dos banheiros, invadiu o local.
Em entrevista à Rádio Gazeta, ele diz que tentou que a Prefeitura de Santa Cruz do Sul solucionasse o problema. “Deram o retorno de que iriam arrumar, mas foram feitos apenas paliativos, nada definitivo.” O elevador do local, por exemplo, está sem funcionar. “Tiramos a parte líquida com uma bomba, mas no fundo tinha material sólido que eu não preciso explicar o que é. Quando os dias são mais quentes, o cheiro fica insuportável, sem falar dos mosquitos.”
Com sala no local, a médica Laura Canti lembra que quando chove é preciso andar no meio do esgoto. “Além do mau cheiro, é uma questão sanitária, de saúde, pois não se pode ter contato com esses dejetos, que podem trazer alguma doença.”
Preocupação
O empresário espera chamar a atenção para o problema, que pode se repetir em outros prédios, e que os responsáveis resolvam a situação. “Em muitos locais situações como essa estão escondidas no solo. Aqui percebemos quando cavamos. É esgoto jogado clandestinamente, infiltrando o solo, o lençol freático. Quando vê ele vai para a água que bebemos. Não quero polemizar, mas sim resolver.”
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Contraponto
O secretário de Transportes, Serviços Urbanos e Mobilidade Urbana, Leandro Kroth, salienta que todos os problemas de engenharia têm solução, “uns mais difíceis e outros mais fáceis”. “Num primeiro momento, se é vazamento de esgoto, é uma questão de saúde. É preciso acionar a Vigilância Sanitária e descobrir de onde vem o problema. Não é algo simples.”
Ele ainda complementa que, se o esgoto parte de uma casa, cabe à Vigilância notificar o proprietário e pedir para que ele faça o conserto. Já se o problema parte de via pública, a responsabilidade é da Prefeitura.
Conforme a gerente da unidade local da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Rosângela Freitas, uma equipe da empresa pública chegou a ir até o local na tarde dessa quarta-feira, 12, verificar a situação. Como, segundo ela, o serviço não compete à Corsan, ficou acordado que a fiscalização e a solução ficariam a cargo da Prefeitura.
MP pede respostas
O promotor de Defesa Comunitária, Érico Barin, diz que o Ministério Público irá solicitar ao município que informe por qual motivo o problema persiste. Ainda, quais medidas adotará para solucionar o problema.
* Com informações do repórter Leandro Porto, da Rádio Gazeta
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