Na manhã desta segunda-feira, 7, Moacir Vandes,presidente do Clube 25 de Julho esteve concedendo entrevista para o programa Giro Regional da Gazeta FM, para falar sobre o incidente que ocorreu no sábado, 5, em Rio Grande, pelo Estadual da Liga Gaúcha, quando a equipe do sub-15 estava disputando o jogo da volta contra a equipe do Grêmio Ball/AABB. Antes do início da partida já ocorreram algumas situações desagradáveis que causaram desconforto para a equipe de Arroio do Tigre.

Segundo relatos dos jogadores do Clube 25 de Julho, houve agressões por parte da equipe adversária que foram justificadas pela arbitragem como “brincadeiras”, já no início do jogo, os jogadores da equipe de Arroio do Tigre foram ameaçados pela torcida adversária. Diante do episódio, Moacir solicitou que a equipe deixasse a partida, já que não havia condições para a disputa diante de todas as barbaridades que estavam acontecendo, até mesmo os familiares nas arquibancadas chorando, com medo de sair do ginásio.

O time de Rio Grande afirmou que quando esteve jogando em Arroio do Tigre ocorreu episódios de racismo contra o goleiro do AABB, porém, Moacir disse que não ocorreu racismo, até porque não foi formalizado nada com a Liga, e esse fato só foi divulgado agora, depois do que ocorreu no sábado. Vandes destacou que é decepcionante trabalhar o ano inteiro para ter que vivenciar uma situação dessas. A equipe ainda pode sofrer punição, enfrentar julgamento por abandonamento de quadra.

Moacir pediu desculpas para os torcedores e patrocinadores, mas ressaltou que a única saída naquele momento era tirar o time de campo. Ele frisou que Arroio do Tigre está desenvolvendo um bom trabalho dentro do futsal: “Vamos continuar com essa linha séria, ética, que o esporte tem que ter. Vamos conversar com os guris, os familiares, para tentar amenizar a situação”, disse.

O presidente ainda acrescentou que o grupo está recebendo apoio de outros times, e orientou para que os responsáveis estudem a situação para que isso não ocorra novamente. Vandes concluiu que pelo menos se a escolinha não formar jogadores, com certeza vai cumprir o seu papel dentro da sociedade e formar bons cidadãos. O grupo já está projetando as competições do próximo ano.