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Startup do Vale do Rio Pardo aplica tecnologia para a produção de mel

Atividade secular, a apicultura ganhou o apoio da tecnologia no Vale do Rio Pardo. Trata-se da startup Inovabee, que, por meio de práticas sustentáveis e soluções inovadoras, está oferecendo novos recursos e condições de melhoria para os produtores de mel. A empresa acredita e reforça ainda a importância das abelhas para a preservação do meio ambiente e criação de uma cadeia produtiva sustentável.

De acordo com a CEO da Inovabee, Jéssica Thomé, mesmo as produções mais antigas e tradicionais podem evoluir quando recebem a inovação. “A Inovabee traz uma abordagem moderna ao setor quando identificamos os desafios da cadeia produtiva e desenvolvemos soluções práticas e escaláveis”, explica. O principal diferencial é o Sistema Integrado Vertical da Apicultura (Siva), que está sendo desenvolvido para assegurar a rastreabilidade completa do mel, desde a colmeia até a mesa do consumidor.

Startup busca aumentar a produtividade e a qualidade do mel, aliado à preservação

Além disso, como parte do Siva, os apicultores integrados recebem suporte técnico, promovendo boas práticas e melhorando a qualidade e produtividade de maneira sustentável. “Com essas inovações, estamos conectando a tradição ao futuro, garantindo a integridade do produto, fortalecendo comunidades locais e promovendo a harmonia entre natureza, produtores e consumidores”, avalia Jéssica.

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Sem ligações anteriores com a apicultura, os idealizadores fundaram a startup a partir de análises do mercado consumidor e identificação de maneiras para transformar a cadeia produtiva. “Percebemos que havia grande oportunidade de elevar a produtividade, garantir a qualidade do mel e elevar os ganhos para todos os envolvidos.”

Os objetivos, contudo, não se limitam a isso e abrangem a preservação das matas nativas, plantas melíferas e fontes de água. “Por isso criamos a Inovabee: soluções baseadas na natureza que respeitam e protegem o meio ambiente enquanto promovem o desenvolvimento sustentável.”

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Compromisso total com a Mata Atlântica

Nos rótulos das embalagens, o mel da Inovabee destaca a origem 100% Mata Atlântica. Ainda conforme a CEO Jéssica Thomé, atualmente a produção é centralizada em Sinimbu, em uma área privilegiada pela presença da Mata Atlântica – um dos biomas predominantes do Rio Grande do Sul. “Essa especificidade geográfica contribui para a qualidade, já que as abelhas coletam o néctar de uma diversidade de flores nativas”, detalha. Com isso, o mel apresenta um sabor único e alto valor nutricional.

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Ao mesmo tempo, a conservação da natureza é fundamental para a empresa. “A Mata Atlântica é um ecossistema que precisa ser protegido e trabalhamos com apicultores que empregam práticas sustentáveis para garantir que a produção respeite e valorize esse bioma.” Assim, a startup entende que o mel não é apenas um produto de excelência, mas também uma contribuição direta para a preservação ambiental e desenvolvimento sustentável da região.

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Para 2025, a Inovabee almeja se tornar internacional – objetivo estabelecido desde o início em razão da valorização do mel e produtos derivados mundo afora quando existe rastreabilidade e qualidade comprovada.

“Nosso foco é expandir a capacidade de produção e vendas em território nacional, além de finalizar o desenvolvimento do Siva de forma sustentável e escalável”, enfatiza Jéssica. Em paralelo, contatos estão sendo feitos com atores do mercado internacional para viabilizar a exportação a partir de 2026.

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Iuri Fardin

Iuri Fardin é jornalista da editoria Geral da Gazeta do Sul e participa três vezes por semana do programa Deixa que eu chuto, da Rádio Gazeta FM 107,9. Pontualmente, também colabora nas publicações da Editora Gazeta.

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