Mais de cinco décadas já se passaram desde que os Fab Four de Liverpool encerraram as atividades do grupo, mas a noite dessa quinta-feira, 1º, promete uma emocionante volta no tempo para todos os Beatlemaníacos. A partir das 20h30, sobe ao palco no Teatro do Colégio Mauá a banda Star Beatles, que brindará o público de Santa Cruz do Sul e região com o International Beatles Tribute. A realização é da Ponto Uno Produções, em promoção da Rádio Gazeta FM 99,7. Ainda há ingressos à venda, e quem integra o Clube do Assinante Gazeta paga somente R$ 80,00, com direito a um acompanhante.
Em concorrida turnê de final de ano, e na retomada dos shows após o período de pandemia, a banda percorre diferentes cidades gaúchas. Na noite de quarta-feira, 30, esteve em Gramado, onde agitou o Hard Rock. Já na sexta-feira, 2, a parada é em Porto Alegre, onde estarão no Teatro do Bourbon Country. Foi a partir de Gramado, na Serra Gaúcha, e na iminência de um ensaio, que o vocalista Nestor Andres Zalazar, o Nino, que interpreta John Lennon no espetáculo, com direito a figurino e caracterização a caráter, conversou com a Gazeta do Sul.
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No início da tarde, em nova ligação, entrou ao vivo no programa Rede Social, da Rádio Gazeta FM 107,9, quando conversou com os jornalistas Maria Regina Eichenberg e Leandro Porto. Aos 40 anos, e natural de Buenos Aires, Nino foi um dos fundadores da banda em 2009, na época com formação praticamente toda de músicos argentinos. Ao longo dos anos, e diante do sucesso crescente e da receptividade do espetáculo junto ao público em toda a América Latina, os integrantes foram mudando.
A ponto de hoje Nino ter restado como o único argentino da banda, agora na companhia de três gaúchos que completam o quarteto central: dois são de Passo Fundo (Mauricio Chaise, que faz a vez de George Harrison; e Eliezer Lemes, o Ringo Starr); e o terceiro é de Charqueadas (Dyego Gheller, o Paul McCartney). Outros dois integrantes completam a banda, Murilo B. de Moura, nos teclados, e Lucas D. da Silva, no cello.
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A supremacia brasileira, depois de um tempo em que até mexicano integrava a banda, tem a ver com o fato de o produtor e empresário ser gaúcho, André Luís Trierveiler do Nascimento. Este, Beatlemaníaco autêntico, é inclusive o idealizador e dono do primeiro museu no Brasil dedicado aos Beatles, em Canela, na Serra Gaúcha.
E a demanda de shows pelo Brasil tem sido tão grande que Nino se fixou no País, usando Lages, em Santa Catarina, como sua cidade-base. Para dezembro, a Star Beatles tem 14 datas agendadas. Nada mal para um músico, no caso de Nino, que descobriu sua fascinação pelos garotos de Liverpool por volta dos 10 anos, e que décadas mais tarde seria convidado para se apresentar na Beatle Week da cidade em que toda essa onda surgiu, e como ponto alto nas homenagens aos ídolos.
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O show da banda Star Beatles marca a abertura oficial da Semana Beatle de Santa Cruz do Sul, uma iniciativa da Rádio Gazeta FM 99,7, em parceria com o Sesc/RS e a Ponto Uno Produções. Os aficionados da Beatlemania terão quatro noites com programação especial em pubs e bares locais.
Hoje, logo após o Star Beatles, às 22h30 começa o Tributo aos Beatles na Legend, com Lobos da Estepe. Amanhã, dia 2, o agito é no Brás 1532: a partir das 20 horas, tem To Be or Not to Beatles, com Rellycário, dupla de Renato Sperb e Killy Freitas; e no dia 3, às 21 horas, no About Pub, apresenta-se a banda Tri Beatles.
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A agenda de apresentações de músicos nesses ambientes, interpretando clássicos dos Beatles, está a cargo do comunicador e jornalista Luiz Henrique Kühn, o Ike, da Rádio Gazeta, e de Lisiane Camargo, gestora de Cultura do Sesc. As atividades culminam no domingo, quando haverá o tradicional Dia Beatle na Praça da Bandeira, a partir das 19h30, ação liderada por Ike, em parceria com o músico Miguel Beckenkamp. Bandas de Santa Cruz e região interpretam clássicos dos Beatles com a mediação de Ike e de Miguel, que interagem com o público.
Gazeta do Sul – Como surgiu esse projeto e como foi se adequando ao longo desses anos de shows?
Nino Zalazar – A banda surgiu em 2009. Foi fundada em Buenos Aires. Hoje em dia somos uma banda mista, com um argentino (eu, no caso) e três brasileiros fazendo os integrantes dos Beatles. Mas até mexicanos já passaram por ela. Eu já fui George Harrison, fiz também Paul McCartney, e agora sou John Lennon. Fazemos um trabalho de cover, com instrumentação no palco que é réplica exata dos instrumentos dos Beatles; bateria, guitarras, figurinos, por exemplo do Sgt. Pepper’s. Tentamos recriar ao máximo até os trejeitos, as brincadeiras, para chegar ao mais próximo do que era a energia dos Beatles nos palcos.
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Sucessivas gerações foram marcadas pelos Beatles. E há um público de diferentes idades que acompanha vocês no espetáculo?
Temos fãs das mais variadas idades. Até de 7, 8 anos. Temos um amiguinho em Curitiba que ficou muito fã nosso. Ele estava estudando piano e, depois de nos ver tocando, agora só quer saber de Beatles, e quer aprender a tocar as músicas deles no piano. Tem uma geração de crianças, de adolescentes, que estão acompanhando, e acredito que vão continuar com o legado dos Beatles. A arte deles nunca vai morrer. Todas as faixas etárias nos acompanham e ouvem, desde os que cresceram ouvindo eles tocarem nos anos 60. Em Santa Cruz, imagino que vamos encontrar no Teatro do Mauá famílias completas, vovôs, tios, filhos, netos, sobrinhos, todo mundo animado para ouvir Beatles (risos).
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E como foi a pesquisa, sobre tudo o que envolve os Beatles, para caracterizar cada um dos integrantes e definir as músicas?
Neste ano, depois da pandemia, que pegou forte todo o setor artístico, voltamos a fazer teatros. Antes, no período de restrições, fizemos um show mais enxuto, com sucessos marcantes da Beatlemania e da última fase. Em Santa Cruz, vamos estrear o novo show da Star Beatles, que será desenvolvido em 2023 com uma produção maior, mais músicas, com repertório maior do que aquele que o pessoal está acostumado a ouvir. No Teatro do Mauá vai estrear o espetáculo 2023, com convidados especiais, algumas surpresas, e os maiores sucessos de cada fase da discografia oficial, terminando com a última, da época em que estavam em vias de separação.
Por que, no entendimento do senhor, os Beatles marcaram tanto?
Acho por várias coisas. Os Beatles falavam de coisas que nunca vão passar de moda, que são o amor e a paz. Acho que todo mundo procura amor e paz na vida, né? Os Beatles cantavam deixando essa mensagem. Como isso não passa de moda, eles sempre vão estar em voga. A mensagem de que “All you need is love“, tudo o que você precisa é amor, ou John lennon cantando Imagine, imagine um mundo sem preconceitos, sem fronteiras, somente amor. São perguntas e reflexões que hoje as pessoas ainda estão fazendo, e pelo visto vão fazer a cada nova geração. Acho que os Beatles, além de sua genialidade musical, foram precursores, pioneiros nos anos 60, e ainda hoje são vigentes. Acredito que as pessoas terminam procurando qualidade musical antes de tudo, e sobretudo uma mensagem que mexa com os sentimentos e a fibra íntima de cada um. É um pouco de tudo, e por isso os Beatles estão presentes até hoje em todo o mundo.
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