Com o olhar voltado para o desenvolvimento de novos negócios, Porto Alegre recebe desde essa quarta-feira, 4, a primeira edição do South Summit Brasil. Nessa quarta-feira, três armazéns do Cais Mauá abriram as portas a participantes de 76 países para um encontro internacional de inovação, tecnologia e empreendedorismo. Com acesso pelo Cais Embarcadero e vista para o Rio Guaíba, o evento no Centro Histórico deve receber, durante os três dias, mais de 20 mil pessoas entre painelistas, investidores, empresários e público em geral.

Nem a chuva e o tempo frio afastaram a animação do público e dos convidados para as possibilidades do encontro. No entanto, o clima chuvoso causou transtornos ao participantes, prejudicando o trânsito no entorno do evento, mesmo com as alterações feitas pela Prefeitura para facilitar o fluxo de veículos. Também houve dificuldades para a entrada do público nas primeiras horas da manhã. Por conta do grande volume de pessoas, a emissão das credenciais chegou a ficar suspensa por um tempo.

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Os seis palcos simultâneos – Arena Stage, RS Innovation Stage, Demo Stage, Corner Stage, Next Big Thing e Growth Stage – receberam palestrantes brasileiros e estrangeiros que falaram sobre consumo consciente, blockchain, educação, turismo, dados, economia circular, tendências de consumo, diversidade e agricultura, entre outros assuntos. Uma das palestras, no palco RS Innovation, foi com a empresária santa-cruzense Raíssa Assmann Kist, fundadora da empresa Herself, sobre a produção de bioabsorventes como forma de inovação social e sustentabilidade.

A programação, que também inclui feira exclusiva, uma competição internacional de startups e momentos de network, continua nesta quinta e sexta-feira, 6. A organização convidou músicos locais para se apresentarem e a corte do Carnaval porto-alegrense, mostrando um pouco da cultura local aos participantes.

O South Summit trouxe a Porto Alegre mais de R$ 64 bilhões de representações financeiras para investimentos em startups, dos quais 79 são fundos de investimento internacionais. De mil empresas embrionárias inscritas na competição que ocorre ao longo do evento, 50 foram selecionadas como finalistas, incluindo duas startups locais: a Meu Resíduo/My Waste e a ConnectBio, do Parque Científico e Tecnológico Regional da Unisc (TecnoUnisc), que contou com um estande.

Segundo o responsável pela parte comercial da Meu Resíduo, Fabrício da Silva Batista, a equipe está muito feliz com a participação no evento, que traz oportunidades de contato. “Estamos recebendo várias empresas grandes interessadas no nosso sistema. O mercado está cada vez mais necessitado dessa parte ambiental, então nada melhor do que colaborar com a nossa ferramenta.”

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Grupo da região participou do primeiro dia

Quase cem moradores do Vale do Rio Pardo tiveram a chance de conferir o primeiro dia do evento. A organização da Missão Empresarial é uma parceria entre a Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Associação Gaúcha de Startups (AGS), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Converge Santa Cruz – Ecossistema de Inovação de Santa Cruz do Sul e Pulpo Assessoria.

O proprietário da Pulpo Assessoria e organizador da missão, Guilherme Souza, comemorou o sucesso da iniciativa, com 94 participantes. “Desde que cheguei a Santa Cruz do Sul, sempre ouvi falar que a região tinha muita dificuldade em fazer como a Serra, que sempre mobilizava inúmeros ônibus para participar de missões empresariais ou mobilizações políticas pró-região. Me alegra muito que nessa quarta tivemos dois ônibus lotados saindo de Santa Cruz com pessoas daqui, de Candelária, Vera Cruz e Venâncio Aires. E se tivéssemos três ônibus, teríamos lotado os três.

Ainda não alcançamos todos os municípios do Vale do Rio Pardo e Centro-Serra, mas ainda chegaremos lá”, projetou.
A representante da assessoria internacional da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Eveline Garden Baier, conta que participou da feira para conhecer mais sobre iniciativas que são desenvolvidas em outras regiões e no restante do mundo. “É importante ter essa visão internacional. Aproveitei também para fazer contatos com instituições de outros países, como já temos com consulados e governos.”

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Conforme a secretária-executiva do Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede/VRP), Diana Filipina Anton, as atividades que mais a interessaram na programação foram as experiências dos governos regionais e das startups, bem como relatos de empresas empreendedoras do Rio Grande do Sul. Ela destaca a importância da inovação para o desenvolvimento dos territórios e do compartilhamento do conhecimento entre o público, o privado e a academia.

“Vejo a importância da inovação como ferramenta de transformação social e com um propósito e compromisso social. O grande desafio é aproximar esse sistema de inovação e tecnologia das nossas regiões e municípios, fazer com que eles se encham nessa nova dinâmica e sejam partícipes desse processo”, comentou.

Para o fotógrafo e proprietário da Albus Produtora, Bruno Pedry, a participação tem o objetivo de trazer novas alternativas para a empresa. “Uma das nossas ideias é começar a produzir conteúdos para fora do Brasil. Uma das palestras, sobre a Atlantic Hub, com o Fernando Castro, ajuda nesse processo e já nos trouxe um norte, chances de ir para Portugal e Estados Unidos.”

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