Sou um assumido apaixonado pelo “xis”, corruptela do inglês cheesburger. Essa paixão tem um dado para comprovar: não passo uma semana sem que, à noite, opte pelo lanche pedido por telefone. É preciso confessar que às vezes são duas vezes: uma na terça-feira e outra vez na sexta-feira, dia que antecede a folga no trabalho e os excessos são perdoados.
Durante a pandemia, muitas roupas “encolheram dentro do armário”. Foi um fenômeno que assolou milhões de pessoas mundo afora porque por dois anos todos foram proibidos de sair à rua. Com isso, permanecemos muitos dias sentados no sofá para jogar videogame, assistir tevê ou mexer por horas a fio no celular.
Apesar das caminhadas diárias e exercícios que faço, orientados pelo personal trainer Anderson Mucillo de Souza, a barriga teima em permanecer, obrigando à escolha de calças e camisas com muito cuidado. O incômodo é turbinado pelo consumo frequente de cerveja. A esperança atual reside na chegada do frio, fato que poderá frear o consumo da loira gelada.
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Voltando ao xis, eu não abro mão do tipo servido com bacon e ovo. Abro mão de alface e tomate, afinal, o uso de agrotóxicos é um risco para a minha saúde (risos).
Diversos amigos me chamam de louco por consumir um lanche tão “pesado”, devorado quase sempre lá pelas 22 horas. O vício é agravado pelo fato de que costumo “ir para o berço” por volta da meia-noite/1h. Mas garanto a vocês: durmo como um recém-nascido, sempre.
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Estive em Brasília recentemente para visitar meu filho que mora há anos por lá. Quando saímos para jantar, costumo brincar com ele, dizendo que, se ficar uma semana sem comer xis, meus sinais vitais ficarão seriamente comprometidos, havendo, inclusive, risco de vida.
– Pai, não adianta! Aqui só tem cópia muito mal feita de xisburger. Eles até tentam fazer igual, até trazem gente do sul, mas não tem jeito. O resultado é muito ruim para nós, acostumados a consumir o nosso “xis raiz” – explica ele.
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Perguntar onde é feito o melhor e mais popular lanche do Rio Grande do Sul equivale a deflagrar uma polêmica que pode culminar com a eclosão de uma nova Guerra dos Farrapos. Muitas cidades se autodenominam a “Capital Gaúcha do Xis”.
Juntamente com a pizza, o xis e suas variantes conquistaram corações e mentes rio-grandenses. Veganos, vegetarianos, obesos, controlados e comilões são atendidos nas mais bizarras exigências, sem problema, graças à modernização dos cardápios – em QR code ou aqueles menus engordurados. A cada semana surgem novidades.
Sou um confesso adepto do “xis calota”, também chamado de “bastantão”. Como diz o nome, é um xisburger grande, massudo. Por isso, é cada vez mais difícil desapegar da barriga, o que aumenta a pilha de roupas “inservíveis”.
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