“Eu só peço a Deus
Que a dor não me seja indiferente
Que a morte seca não me encontre
Vazia e sozinha, sem ter feito o suficiente
Eu só peço a Deus
Que o injusto não me seja indiferente
Que não me esbofeteiem a outra face
Depois que uma garra arranhou minha sorte
Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda a pobre inocência da gente
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Eu só peço a Deus
Que o engano não me seja indiferente
Se um traidor pode mais que uns muitos
Que esses muitos não o esqueçam facilmente
Eu só peço a Deus
Que o futuro não me seja indiferente
Desenganado é aquele que precisa ir embora
Para viver uma cultura diferente
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Eu só peço a Deus
Que a guerra não me seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda a pobre inocência desta gente.”
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A inesquecível argentina Mercedes Sosa (1935-2009) cantava essa música (letra de León Gieco). Comprei seus discos. Assisti Mercedes três vezes. Espetáculos inesquecíveis. La Negra era seu apelido, mas também reconhecida como “a voz dos sem voz”. Era a voz da “latinoamérica”.
Me ocorreu essa música a propósito de tanto sofrimento em curso. Especial e atualmente, seja a guerra na Ucrânia, seja o conflito Israel-Gaza, seja a dramática tragédia climática que se abateu sobre a gauchada. É muito sofrimento, muita dor, muitas mortes concomitantes.
Mas em “Gracias a La Vida” (letra de Violeta Parra), La Negra também canta:
“Agradeço à vida, que tem me dado tanto, me deu o riso e me deu o pranto
Assim eu distingo fortuna de falência, os dois materiais que formam meu canto
E o canto de vocês que é o mesmo canto, e o canto de todos que é meu próprio canto.”
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