Há um ano, o casal de aposentados Walter e Renilda Kretzmann passou por momentos difíceis quando sua casa, em Linha Sete de Setembro, no interior de Santa Cruz do Sul, foi consumida por um incêndio. Ainda hoje, quando se recorda do assunto, Renilda se emociona lembrando da antiga moradia.
Quem relata o acontecido, então, é o marido. “Eu estava na estufa quando ouvi o barulho do fogo. Porém, achei que fosse um vizinho incendiando alguma coisa.” A esposa, a filha Elaine e o genro trabalhavam na propriedade e foram eles que tentaram salvar alguns móveis e objetos. “A mãe criava codornas do lado de fora, em uma gaiola, e foi a primeira coisa que ela tirou”, conta a filha. De resto, conseguiram salvar apenas um freezer, uma geladeira e uma televisão.
Por volta das 9 horas daquela manhã, 14 de setembro de 2015, o Corpo de Bombeiros deslocou dois caminhões até o endereço e apagou o fogo, que reduziu a casa a cinzas e entulhos. Enquanto os moradores ainda assimilavam o acontecido, a rádio começou a anunciar o incidente, informando que a família estaria aceitando doações para reconstruir um lugar para morar.
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João Goerck, na época diretor social da Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção do Vale do Rio Pardo (Acomac), ouviu a notícia e decidiu ajudar. “Fiquei sabendo que mesmo quem queria colaborar só tinha restos e materiais de construção sucateados para dar”, afirma. Após fazer contatos com os empresários associados da Acomac, Goerck já tinha, em questão de duas horas, material suficiente para erguer uma nova moradia para os Kretzmann. E assim aconteceu.
Um final feliz
Com os materiais doados, Walter Kretzmann, o genro e o filho ficaram responsáveis pela mão de obra. Em um mês, trabalhando de duas a quatro horas por dia, os três conseguiram erguer as paredes e construir o novo lar. “Foi muito difícil. Tudo o que a gente tinha ficou lá, coisas que ainda nem tínhamos terminado de pagar”, relata Renilda.
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Hoje, o esforço para reconstruir a vida na nova casa é diário e, aos poucos, tem dado certo. Agora, além dos dois quartos, banheiro, sala e cozinha, a morada tem uma varanda onde ficam a mesa de jantar e as flores de Renilda. No entorno, os cachorros e as galinhas também ganharam seus abrigos, dando vida ao lugar onde antes não havia nada. Com o passar dos dias, a dor da perda vai se transformando em gratidão pela nova casa, que tem mais estrutura e espaço. Para João Goerck, o pagamento é a satisfação por ajudar. “É preciso colaborar com a comunidade, hoje eles vivem melhor e nós pudemos fazer a nossa parte”, diz.
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