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Socorro à Alemanha pós-guerra

Acredite: o Sul do Brasil ajudou a Alemanha destruída e faminta, após a guerra que findou em 1945. Quando criança, anos depois, eu já tinha ouvido algo a respeito. Achei esse texto no fundo de um baú.
“O Comitê de Socorro à Europa Faminta surgiu da mobilização de lideranças representativas de diversos segmentos sociais pertencentes ao grupo étnico alemão no Brasil, dentre os quais citamos as figuras dos padres jesuítas Balduíno Rambo e Henrique Pauquet, seus principais articuladores.

O comitê atuou no contexto urbano e rural das colônias alemãs do Brasil e inseriu o país no quadro das nações que colaboraram na reconstrução material da Alemanha arrasada pela Segunda Guerra Mundial. A criação desta organização de ajuda humanitária deve ser vista à luz das políticas de desenvolvimento econômico e social implementadas pelos Estados Unidos (EUA) na Europa do pós-guerra. Seu funcionamento não foi autorizado pelo governo por simples questões humanitárias, pois a Alemanha ainda era considerada inimiga de guerra.

Sua ação estava na Carta de Pe. Balduino Rambo a Pe. Anton Kordt, 06/04/1947. O comitê ligava-se a dois organismos eclesiais: a Caritas, da Igreja Católica, e a Evangelisches Hilfswerk (Obra de Socorro Evangélica), da Igreja Luterana Alemã. Foi organizado por representantes do grupo étnico alemão no Brasil. O comitê constitui-se, para as elites deste grupo e, em especial, para Pe. Rambo, portador de um discurso germanista bastante disseminado em meio às colônias alemãs, numa possibilidade de rearticulação de suas lideranças internas a fim de reocuparem o espaço político, social e cultural do qual foram alijadas pela ditadura de Getúlio Vargas.

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Personalidades de prestígio junto aos imigrantes alemães e à sociedade brasileira mobilizaram o Brasil para colaborar com a reconstrução material da Alemanha, bem como com a reconstrução dos laços culturais e de solidariedade étnica que haviam sido rompidos. O comitê atendeu ao apelo do dirigente da Caritas Sueca, Pe. Augusto Adelkamp, que solicitou a mobilização dos alemães no Brasil em prol das vítimas do pós-guerra.

Em abril de 1946, Pe. Pauquet e Pe. Rambo pediram ajuda dos imigrantes e de seus descendentes no Brasil para minorar as dificuldades materiais dos alemães. Ambos eram professores no Colégio Anchieta de Porto Alegre. A escolha desses nomes deve-se a seu elevado prestígio junto às colônias alemãs. (Organização e articulação do Comitê de Socorro à Europa Faminta – SEF (1946-1949). Autor: Evandro Fernandes. História Unisinos.) Digo eu: poucos sabem disso…

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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