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No Tribunal

Sobrevivente diz estar aliviada com condenação, mas considera pena muito baixa

Foto: Alencar da Rosa

Ana Luisa dos Santos disse que condenação é “um alívio”, mas considerou pena muito baixa

Um dos acidentes mais devastadores da história recente do Vale do Rio Pardo chegou ao seu momento final nessa segunda-feira, 29, após dez anos. O tenente-coronel da Brigada Militar Afonso Amaro do Amaral Portella foi condenado a 12 anos de prisão. Contudo, poderá recorrer em liberdade. Ele era o motorista de um Chevrolet Vectra cinza, com placas de Santa Maria, que atingiu violentamente de forma frontal um Volkswagen Gol vermelho de Vale do Sol.

Não houve comemoração dos familiares e amigos das vítimas ao ouvirem a sentença, às 20 horas dessa segunda-feira. Em entrevista à Gazeta do Sul, Ana Luisa dos Santos, sobrevivente do fato, comentou o desfecho. “É um alívio ouvir que ele foi condenado, mas obviamente é uma pena muito baixa, porque foram apenas 12 anos para três mortes e tudo mais que ele fez, principalmente para o meu pai”, disse ela. Afirmou que deve acompanhar os desdobramentos do caso, com eventual recurso da defesa de Portella a instâncias superiores.

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Maria Fernanda disse que MP está satisfeito com o resultado | Foto: Alencar da Rosa

A promotora Maria Fernanda destacou o resultado. “É uma situação difícil para todos, mas o MP está satisfeito porque conseguiu a condenação por dolo eventual. Sei que é difícil para a família entender a pena baixa, considerando o resultado gravíssimo, mas finalmente, depois de dez anos, tivemos esse júri. Eu tinha um compromisso com essa família, de que esse crime fosse julgado e não chegássemos a uma prescrição, que era um medo que se tinha.”

A colisão em 14 de novembro de 2014, no quilômetro 123 da RSC-287 tirou a vida do casal Hugo Morsch, de 78 anos, e Herta Glicéria Morsch, 75; e da filha deles, Vitória Terezinha Morsch dos Santos, de 49. Ainda deixou em estado grave o marido de Vitória, Jorge Antônio dos Santos, então com 51 anos, e uma das filhas desse casal, Ana Luiza dos Santos, que à época tinha 13 anos. Esses cinco estavam no Gol.

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