O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) publicou na última quinta-feira apedido com uma série de apontamentos sobre a situação dos médicos que prestam serviços em Santa Cruz do Sul. Entre as questões levantadas está a defasagem da remuneração daqueles que são municipários, no comparativo com outras prefeituras da região. A sobrecarga de trabalho, em decorrência de equipes incompletas nas unidades, seria outra inconsistência percebida pela entidade representativa. Há ainda a falta de previsão legal para o pagamento de adicional por insalubridade, o que seria um direito previsto constitucionalmente aos trabalhadores expostos a agentes nocivos.
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O vice-prefeito e secretário de Saúde, Elstor Desbessell, diz que está em contato com o Simers para que sejam verificadas as questões apontadas e que deve aguardar para fazer um pronunciamento público sobre esse assunto. Diretor-geral do sindicato, Fernando Uberti afirma que ainda não teve retorno da Secretaria de Saúde.
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O profissional médico relata que houve aproximação com o Município e que uma mesa de negociação permanente, com reuniões periódicas, deveria ser montada. “Estivemos com o vice-prefeito Elstor, mas não houve nenhuma resposta sobre a instalação desse mecanismo de negociação”, afirma. Ele lamenta, sobretudo, a questão da remuneração, porque isso pode gerar desestímulo aos profissionais, fazendo com que deixem a cidade para atenderem em outros lugares, como Venâncio Aires e Rio Pardo.
“Não se cogita a intenção de ruptura. Queremos é a reabertura do diálogo para construir benefícios aos médicos e, por consequência, à população”, reforça. O Simers tem um indicador que aponta essa defasagem, mas admite que isso pode ser negociado, diante da situação econômica do Município. Santa Cruz, acredita Uberti, tem entre 50 e 60 médicos como servidores municipais.
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Informações divergentes
De acordo com o diretor-geral do Simers, Fernando Uberti, atuam em Santa Cruz do Sul entre 400 e 500 médicos, o que é considerado um bom número em vista da população. Esses profissionais prestam atendimento como funcionários municipais, de forma particular e como contratados das casas de saúde.
O último caso, diz Uberti, é um segundo problema percebido no município. Ele afirma que há atrasos no pagamento pelos serviços prestados em diversas especialidades no Hospital Santa Cruz (HSC). A entidade sindical já solicitou reunião com a instituição para que a questão seja resolvida. “Queremos acompanhar a condição financeira do hospital para ver a viabilidade dessa atualização”, destaca.
Por meio da assessoria de comunicação, a gerência administrativa do HSC afirmou que todos os pagamentos estão regularizados. A direção, que se encontra em Brasília, também respondeu que não há nenhum atraso e “está tudo 100% em dia”.
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A casa de saúde conta com 295 profissionais que integram o corpo clínico e não são, necessariamente, funcionários. Há um grupo de 60 a 70 médicos que atua como plantonista dos ambulatórios e das emergências. “Esses, sim, são funcionários do hospital, mas é uma outra situação”, frisa a assessoria. O HSC chegou a registrar atrasos, recorda, mas tudo teria sido regularizado após muita negociação entre os profissionais e a instituição.
Ainda sobre as situações em desconformidade apontadas pelo Sindicato Médico, o alerta publicado na Gazeta do Sul reforçou a importância da saúde pública e desse tema. “Por isso, ficamos à disposição para garantir o respeito que os médicos e a população merecem”, apontou Uberti. Ele recorda que há quatro anos foi criado em Santa Cruz o primeiro plano de carreira para médicos dos municípios, o que foi considerado um avanço, mas não teve evolução.
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