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Sobre o Dia Mundial da Saúde Sexual

É comemorado, no dia 4 de setembro, o Dia Mundial da Saúde Sexual. Criada há 10 anos pela Associação Mundial de Saúde Sexual, a data tem como objetivo discutir e divulgar aspectos que envolvem saúde sexual. A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu como saúde sexual a integração dos aspectos somáticos, emocionais, intelectuais e sociais do ser sexual, de maneira a enriquecer positivamente e fortalecer a personalidade, a comunicação e o amor.   Saúde sexual envolve corpo, estado emocional e social, não apenas ausência de doenças ou disfunções.

O tema escolhido para esse ano é Liga-te: saúde sexual no mundo digital. Com o hiperfoco na internet, se pergunta: “Onde ficam outros prazeres? Quais prejuízos na saúde sexual?” A tecnologia faz parte da vida de todos e está inserida na cultura. Ocorre uma imersão no mundo on-line, que toma um espaço quase total nas atividades do cotidiano. O corpo passou a ser regulado pela tecnologia, gerando uma fixação no digital, sendo que os aplicativos eram meio e passam a ser o fim, com possibilidade de esgotamento mental e com implicações nas relações amorosas e vivencias da sexualidade.

O período de isolamento, imposto pelo distanciamento social por conta da Pandemia, gerou aumento do uso da internet e redes sociais com aspectos positivos em função de possibilidades de trocas e contato entre as pessoas. Por outro lado se chama atenção para aspectos educacionais e informativos, pois muitas pessoas buscam informações sobre questões sexuais em sites diversos. Precisamos perguntar: “Quem fala? Quem comunica?”. Nem sempre são profissionais preparados que emitem muitas “opiniões e dicas”, podendo ser afirmações infundadas e, por vezes, errôneas, gerando formação equivocada sobre sexualidade saudável. Conhecimento sobre sexualidade exigm uma formação prolongada com especialistas na área acadêmica. Indica-se a busca em páginas que contenham publicações de profissionais, psicólogos e médicos, especializados em sexologia. Muitas fontes seguras podem ser encontradas no Instagram e no Youtube.

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Uma questão preocupante está relacionada a vídeos de pornografia, acessados facilmente. Estudos realizados através de pesquisa mostraram o aumento do número de disfunções sexuais, num percentual de 35% relacionado a pornografia, sendo dificuldades de ereção em homens jovens. As imagens apresentadas pela pornografia são meramente encenações, mostrando cenas irreais que levam a uma falsa ideia da atividade sexual, tendo como resultado desgaste do estímulo sexual, perda do desejo, de motivação para relações amorosas e satisfação presencial.

Outro aspecto que chama atenção é em relação às crianças e jovens, que usam cada vez mais o celular. Crianças teclam tudo. Se eles jogam a palavra sexo no site de pesquisa, vão aparecer cenas de sexo e pornografia. Como nada sabem e não entendem, vão interpretar mal e pensar que é tudo verdadeiro. Isso pode trazer sérios prejuízos na formação e, como resultado, causar disfunção sexual quando adultos. Atualmente, estão disponíveis sites de joguinhos, desenhos com Bob Esponja, Flintstones, Branca de Neve, transformados e com cenas de sexo inseridas no decorrer do vídeo. Um alerta aos  pais: acompanhem a tela dos filhos. Existe a possibilidade de bloquear alguns assuntos, porém, somente isso não é suficiente.

Atualmente jovens estão tendo vivências de sexualidade sem nenhum cuidado, resultado de estímulos acessíveis pelas músicas, filmes e mídia em geral. Ouvir questionamentos e dúvidas e estar aberto para o assunto é essencial. Sabemos que isso ainda é difícil, pois, para muitos, a sexualidade é tabu e motivo para constrangimentos. Educação sexual exige empenho e busca de orientações. Nesse aspecto, a internet pode ser positiva pela possibilidade de buscar profissionais especializados em educação sexual. É importante a busca por informação. Fica uma sugestão: no Instagram, há o professor Marcos Ribeiro(@educadormarcosribeiro), que já publicou vários livros; Lena Vilela (@lenavilela), que apresenta lives semanais, respondendo questionamentos – também tem canal o YouTube; há, também, os livros e o site de Mary Neide Figueiró.

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Portanto, a mensagem Liga-te aponta para a busca de uma vida sexual com saúde, através do uso correto dos meios digitais.

Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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