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Sobre nossos militares

O falecido Nico Fagundes, com quem privei centenas de tertúlias, adorava visitar nossa fazenda, era cheio de citações e provérbios. Também vivia repetindo que jamais conhecera um caso sequer de alguém que tivesse cumprido o serviço militar e não saísse orgulhoso e agradecido. Um dia me perguntou: “Alemão, tu serviste no Exército?” Eu respondi que não porque tinha me inscrito no CPOR em Porto Alegre e fora dispensado por excesso de contingente. Recebi o certificado de 3ª categoria e prestei juramento à bandeira nacional.

Tempos depois, já com 22 anos e cursando a Academia de Polícia concomitantemente com a Faculdade de Direito da Ufrgs, tive contato com muitos professores militares, entre os quais o coronel Pedro Américo Leal, de quem fui grande admirador.

E é verdade: nas cidades em que exerci meu cargo de juiz, sempre me dava bem com os militares.

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Em Santiago, que tem quatro quartéis, fui muito amigo do general Heraldo Tavares Alves, frequentador como eu da igreja católica. Por sinal, como eu já sinalei, de homens éramos só ele e eu na igreja aos domingos.

Nunca, jamais conquanto no período de exceção, fui coagido como juiz e nunca me veio ao conhecimento nada ilegal.

Creio que o nosso presidente, por não ter cursado os degraus superiores do oficialato, não tenha haurido completamente as praxes e cerimônias que se esperam de um oficial.

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É certo que quando há um desfile do Exército não há quem não se emocione com o garbo dos soldados e oficiais.

Há pouco fui tomar minha segunda vacina no drive-thru do Barra Shopping. Já desde a rua os soldados do Exército iam ordenando o ingresso.Vinham pelas filas e indagavam se era a primeira ou segunda vacina. Se fosse a segunda, pediam que se acionasse o pisca-pisca. Isso facilitou sobremaneira o andamento da vacinação. Com todos que falei na ocasião, a impressão era uma só: aqui tem comando! Até disse para um amigo: esses militares não precisam gritar, a farda é sua força.

Com maestria, o alto comando das Forças Armadas, segundo intuo, abortou completamente a possibilidade de um golpe. Acabou esse caminho. Hoje tudo é universal e a instauração de um regime de exceção arruinaria nossa economia e as relações com os países que negociam conosco. O Brasil é excelente em muitos setores e muito bem aparelhado no agronegócio.

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Temos que ser mais diplomáticos e cordatos para com as nações amigas. Poucos países têm tudo o que temos, não tem cabida fomentar atitudes que não trazem nada de bom ou útil.

Não olvidemos que um mau acordo é melhor que uma boa demanda.

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