Colunistas

Sobre a esperança

No palco do teatro do colégio, um grupo de crianças – entre elas Antônio, meu filho – realizou a apresentação de fim de ano na semana passada. Dançando, cantando e expressando as tradições natalinas que vão além do presente material, a turma emocionou a plateia.

Foi um momento especial, não só pelo orgulho em poder testemunhar a evolução de cada um ao longo dos últimos meses. Neste ano marcado pela retomada, aquelas cenas convidaram a refletir sobre tudo o que mudou em nossas vidas depois de tantas restrições provocadas pela pandemia.

Ver os pequenos realizarem a coreografia que ensaiaram acompanhados pela brilhante equipe de professores se traduziu na esperança em dias melhores. Ali, as crianças, com toda sua pureza, não estavam preocupadas com questões complexas que insistem em tirar o sono de seus pais. Um dia, porém, elas também vão ser gente grande e ter suas inquietações. É da vida!

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Ainda é cedo para saber os rumos que cada um dos meninos e meninas que brilharam naquela noite vão tomar. Como família, desejamos e devemos fazer nossa parte para que todos evoluam e cresçam da melhor maneira possível.

Nesta época, quando o ano está chegando ao fim, é o momento de pensar, planejar e, por que não, sonhar. Sonhar com dias mais leves, mesmo que os tempos sejam bicudos. Sonhar com um mundo menos polarizado para citar uma palavra que está em alta.

E é essa vontade que serve de combustível nos últimos dias de dezembro. Parece que o cansaço toma conta de todos. Além da carga de compromissos que se tem, é preciso encontrar espaço na agenda para as tradicionais atividades, como as festas e confraternizações, e também para enfrentar a maratona que é a busca pelos presentes nas manhãs quentes de sábado.

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Reclamamos da correria, do trânsito, da falta de vagas para estacionar, mas seguimos em frente porque sabemos que em poucos dias vamos estar reunidos com as pessoas que queremos bem, desejando que o Natal e o novo ano sejam especiais. Também estamos na contagem regressiva para as férias.

Independente do que está por vir, a esperança é de que 2023 seja um ano bom em todos os aspectos. Mas só desejar não basta, devemos fazer nossa parte no trabalho, em família e na sociedade. Que tal aproveitar o que resta de 2022 para rever algumas atitudes ou abandonar velhos hábitos e ranços?

Fazer uma lista de resoluções que vai ficar na gaveta não vale. É preciso colocar em prática. Assim estaremos fazendo nossa parte para transformar nossos desejos e planos em realidade. O exercício pode não ser tão simples quanto parece, pois envolve adaptações, readaptações e aprendizados. Porém, se não tentarmos, nunca vamos saber se teria dado certo.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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