De acordo com o último Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti – LIRAa, realizado em fevereiro, Sobradinho está em situação de médio risco, com infestação predial de 1,1%, considerado índice de situação de alerta. Quando os números apontam superioridade a 4%, há risco de surto de dengue, o que não é o caso do município, pelo menos por enquanto. O LIRAa é realizado por amostragem/sorteio de uma faixa de 20 quarteirões das 05 áreas que englobam todos os bairros da cidade, onde são realizadas em torno de 250 visitas em uma semana. Isso significa dizer que de acordo com o resultado apresentado pelo Levantamento em Sobradinho, para cada 100 casas pesquisadas, 1 a 3 apresentaram coleta positiva para Aedes Aegypti.
Atualmente, todos os bairros da cidade já apresentam a presença do mosquito e portanto a população deve estar em alerta quanto aos cuidados para evitar a proliferação do vetor. O próximo levantamento de índice será realizado entre os dias 13 a 17 de maio. Os mosquitos são encontrados em todos os ciclos de desenvolvimento, desde a forma aquática (larvas) e a sua forma alada (mosquito).
O trabalho dos Agentes de Endemias no combate ao mosquito da dengue é a realização de visitas domiciliares de forma bimestral, para identificação e eliminação, seja de forma mecânica como química, além da conscientização dos proprietários dos imóveis. Também são realizadas visitas quinzenais a pontos estratégicos, como borracharias, ferros velhos, cemitérios, etc, para eliminação de criadouros e controle químico. Os
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Agentes Comunitários de Saúde também realizam atividades de orientações para combate ao mosquito em suas visitas de rotina.
Recentemente entrou em vigor a Lei n 4.541 de 26 de março de 2019, que trata especificamente do combate ao mosquito e que estabelece penalidades para quem não tem os cuidados necessários com relação ao controle de vetores em ambientes tanto públicos como privados.
Como controlar a proliferação?
Conforme a agente de endemias, Rosiane Rode, a população é fundamental no controle e combate ao Aedes Aegypti. “As pessoas devem verificar seus pátios uma vez por semana em busca de focos, que são todos os recipientes que podem acumular água e removê-los. Devem ter especial atenção nas caixas de água, que devem estar bem vedadas e sem nenhuma abertura por onde o mosquito pode entrar para colocar ovos.
Os recipientes de coleta de água da chuva devem ser igualmente vedados. As piscinas devem ser tratadas o ano todo. Os cuidados também devem redobrar com pneus, que devem ser mantidos em locais secos e sem acúmulo de água no seu interior. Garrafas devem ser mantidas também em local seco e viradas para baixo. Os pratinhos dos vasos de plantas de preferência devem ser retirados ou se for dentro de casa, colocar areia até a borda. Atenção também às bromélias, que acumulam muita água e que também são potenciais criadouros de mosquitos. Jamais jogar lixo em terrenos baldios e no leito do Carijinho e dos arroios que cortam os bairros”, explicou.
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O setor de Endemias recebe denúncias de focos e criadouros de mosquitos. Para isso, a pessoa interessada pode realizá-la pessoalmente no setor ou através do site da Prefeitura, que possui canal próprio para esta ação. Informações divulgadas no fim de abril, pela Secretaria Estadual de Saúde, apontam que dos 309 municípios do Rio Grande do Sul, 75 apresentaram situação de risco de surto. Ou seja, 24,3% das cidades pesquisadas. Na região Centro Serra, somente Salto do Jacuí está na lista.
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