O churrasco é uma tradição no Estado e tem um simbolismo especial para os gaúchos. Inspirado nessa paixão, o sobradinhense Gustavo Ruoso Saldanha, 36 anos, transformou esse costume em negócio. Quando adolescente, Saldanha acompanhava os familiares durante os tradicionais churrascos de domingo, mas conta que não entendia e também não se identificava com o tradicional preparo do assado. Contudo, há três anos ele mudou seu pensamento em relação ao assunto.
Enquanto morou em Chapecó (SC), Saldanha conheceu um influencer que trabalha nessa área do churrasco, que também curte country e, compartilhando das mesmas preferências, acabaram fazendo churrasco juntos: “Acabei gostando muito dessa prática e publicando muita coisa no Instagram, e foi através dessa rede social, por hobby, que eu consegui me tornar mais profissional. O mundo do churrasco hoje está muito em alta no Brasil”, conta.
Saldanha aprendeu a fazer um bom assado na prática mesmo e pesquisando muito sobre o assunto. “Já fiz muitos cursos e estudei bastante sobre. De tanto ver, estudar e conversar com algumas pessoas a gente acaba pegando sacadas que normalmente ninguém passa. Você pode até ser um assador de churrasqueira, mas para você assar uma carne pendurada é totalmente o oposto do que fazer na churrasqueira, é outra modalidade de assado. Com o costelão é a mesma coisa. Se você por o costelão na churrasqueira é uma modalidade, mas se fazer em fogo de chão ela muda a modalidade, mudando também o sabor, as diferenças em relação a proximidade do fogo com a carne”, destaca.
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Ainda em Chapecó, Saldanha trabalhava como corretor de imóveis, mas acabou precisando retornar para Sobradinho porque estava enfrentando uma depressão. “Falei com meus familiares e eles acharam melhor eu retornar. Já em Sobradinho realizei uma consulta e a médica não me permitiu voltar porque eu precisava realizar o tratamento. Achei certo ficar para buscar a cura”, ressalta.
De acordo com Saldanha, o churrasco acabou ajudando a vencer a batalha contra a depressão. “É uma terapia, como ter um bichinho, um pet em casa, é terapêutico. Eu tenho necessidade de fazer churrasco, não importa para quem e para quantas pessoas. Eu assei muita carne de graça, porque eu fazia por amor, por gostar do resultado, gostar de aprender, gostar de se envolver com as pessoas. Porque o churrasco ele aproxima, o churrasco tem essa força, o fogo tem essa força, reúne os amigos, a família. Me ajudou bastante, uns 50, 60% do tratamento deve-se ao churrasco”, diz.
Na prática, o cliente realiza o pedido, Gustavo organiza a carne e entrega o assado pronto. Fazendo um levantamento de quantas pessoas são, o que será servido para acompanhar o churrasco, como cerveja, refrigerante, água… já que através dessas informações é realizado um levantamento de quantos quilos de carne será necessário.
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Saldanha observa que para ser um bom assador é preciso ter um histórico, mostrar para as pessoas o porquê você assa, mostrar seu trabalho, ter uma referência, patrocínio, o que acaba trazendo uma credibilidade ao profissional.
Segundo Saldanha, muita coisa influencia no sabor da carne, como o processo de criação do animal. Ele ressalta que a melhor carne do mundo está no Japão, onde os animais chegam a ser criados ao som de violino, com música clássica: “O manejo da carne precisa ser adequado”.
Além de preparar um bom assado, Saldanha organiza um cenário bonito envolta do fogo de chão, onde as pessoas costumam gostar de tirar fotos junto com o assador. Ele explica que essa é uma prática de decoração muito usada nos Estados Unidos.
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Diante da pandemia, o trabalho de Saldanha sofreu restrições. Como as festas foram canceladas, não há eventos marcados, os assados se restringiram a preparos na casa do assador, onde os clientes retiram a carne já assada. Durante a colheita da soja, ele também fazia assados para os agricultores na lavoura. Segundo ele, como é um lugar aberto e sempre eram seguidos todos os protocolos de prevenção à Covid-19, foi possível. Conforme o assador, se não fosse a pandemia haveria muita demanda de eventos. “É um trabalho inovador aqui na nossa região, se não fosse a pandemia haveria muita demanda, por causa da pandemia não há muita procura”, frisa.
Nas redes sociais, Saldanha ressalta que prefere apostar na qualidade dos assados apresentados nas fotos do Instagram, mais do que focar em aumentar o número de seguidores. Através das redes sociais, o assador se destacou e, há aproximadamente um ano, foi procurado pelos “Temperos Aragano” para receber patrocínio no preparo do churrasco.
Depois da pandemia, Saldanha pretende trabalhar com eventos, apostando nas suas melhores modalidades, como o costelão e o varal de carnes e legumes.
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Por tradição, o gaúcho já é considerado um bom assador, mas Gustavo ressalta os benefícios de contratar um profissional: “Você vai contratar um assador porque vai querer ter mais tempo com a família, amigos, se divertir, contrata um assador porque ele vai cuidar de tudo, até mesmo com a carne você não se envolve. Você vai fazer a sua festa, comendo uma carne bem feita, com o tempero correto, o calor correto, você vai degustar um bom churrasco. O assador é aquele que sabe fazer. Cada carne tem um tipo de calor, um tipo de assado, tudo precisa ser observado”, salienta.
Para contratar um bom assador, e após a pandemia, para eventos particulares como aniversários, casamentos, baile de debutantes, entre em contato pelo WhatsApp através do número (49) 9.9175-7687 ou pelo instagram @scgustavosaldanha. Saldanha também destaca o instagram do Aragano Temperos @araganotemperos.
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