Nascido e criado no meio tradicionalista, o jovem sobradinhense Pietro Possebon, 22 anos, é um apaixonado pelos costumes do povo gaúcho, uma herança de família. E, nos últimos dias, ele deu mais um passo para seguir cultivando essa paixão, ao ser aprovado em um concurso para narradores, realizado pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Uma conquista que, para ele, representa a concretização de um sonho de infância.
O concurso foi realizado durante um rodeio organizado pela 7ª Região Tradicionalista, no município de Marau. Possebon, em entrevista ao Giro Regional da última sexta-feira, 24, contou que esta foi a segunda vez em que tentou a habilitação para narrar eventos tradicionalistas. Para alcançar o objetivo, precisou se doar ao máximo. “Abandonei até as redes sociais para me focar nas provas”, explicou, enfatizando o nível alto dos concorrentes.
Possebon compara o concurso à prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que habilita os profissionais do Direito para o exercício da advocacia. “Vejo semelhanças desta com a prova do departamento. Ela é realizada para que o candidato possa ou não trabalhar nos eventos realizados nos CTGs”, comenta. A habilitação, conforme ele, é provisória e será necessário um ano de “estágio” até conquistar a definitiva.
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Envolvido com o tradicionalismo desde os oito anos, Possebon começou frequentando o CTG Garrão de Potro, de Lagoa Bonita do Sul. Lá, começou a participar de competições. Depois, quando se mudou definitivamente para Sobradinho, passou a representar o CTG Galpão da Estância. E, atualmente, concilia as atividades tradicionalistas com a faculdade de Direito e também o estágio no Fórum da Comarca de Sobradinho.
Como foi a prova
Possebon, durante a entrevista, detalhou como ocorreu a prova do departamento. Primeiro, pela manhã, foi feita uma prova escrita, com questões sobre o tradicionalismo. Depois, foi necessária a realização de uma entrevista. “Dura em torno de 10, 15 minutos. Eles fazem perguntas sobre a tua vida, para ver o teu envolvimento e se tem, de fato, interesse em narrar”, salientou. À tarde, ocorreram as provas práticas.
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Conforme Possebon, os candidatos precisaram narrar provas ao vivo de rédeas e de laços, que ocorriam no evento em Marau. Por fim, narraram prova de gineteada, esta feita através de vídeo, devido à quantidade maior de movimentos. Também, para estar habilitado a narrar, o estudante lembra que era necessária a indicação de 10 patrões de entidades da 14ª Região Tradicionalista (14ª RT) registradas no MTG. “Hoje, temos poucos narradores da região. Prometo levar o Centro Serra na garupa nestes eventos”, garante.
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