O número de mortos nos atentados ocorridos há uma semana em Paris subiu para 130, anunciou nesta sexta-feira, 20, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls. “Os terroristas mataram sem misericórdia, destruindo 130 vidas”, declarou Valls, no Senado francês.
O gabinete do primeiro-ministro confirmou à agência France Presse que o número foi atualizado depois da morte, na quinta-feira, de um ferido que estava hospitalizado. O balanço anterior contabilizava 129 mortos. Os atentados de 13 novembro deixaram cerca de 350 pessoas feridas. “Muitas lutam ainda contra a morte”, afirmou Valls, ao destacar a prorrogação do estado de emergência em vigor no país desde os ataques.
“O estado de emergência é uma resposta imediata, poderosa, eficaz, para proteger os nossos cidadãos, para deter os indivíduos fanáticos, os criminosos que querem atacar o nosso país, os seus valores, atacar a nossa democracia”, declarou o primeiro-ministro.
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Na quinta-feira, o projeto de lei sobre o estado de emergência foi aprovado quase por unanimidade pelos deputados franceses. O texto estabelece a prorrogação, por um período de três meses, do estado de emergência, a partir de 26 de novembro.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou no sábado, em comunicado, a autoria dos atentados de 13 de novembro na capital francesa. Os ataques – que tiveram a participação de pelo menos oito terroristas, sete dos quais morreram, – ocorreram em vários locais de Paris, entre eles uma sala de espetáculos e o Estádio de França, onde ocorria um jogo de futebol entre as seleções da casa e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controle de fronteiras após os atentados, classificados pelo presidente François Hollande como “ataques terroristas sem precedentes no país”. Em uma operação policial no bairro de Saint Denis, ao norte de Paris, as autoridades mataram Abdelhamid Abaaoud, apontado como o mentor dos ataques.
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