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LUÍS FERNANDO FERREIRA

Só isso já bastaria

O brasileiro Hugo Calderano havia “massacrado” seu adversário coreano nas quartas de final do tênis de mesa: 4 sets a 0, com tranquilidade. Uma partida praticamente sem falhas, impecável. Por um momento, parecia que não existia jogador à sua altura em Paris.

Mas foi só um momento. Hugo caiu na semifinal, em um duelo marcado pelo equilíbrio, apesar do mau resultado. Na disputa do bronze, entretanto, não houve nenhum sinal de estabilidade. Hugo Calderano parecia ter desaprendido a jogar. Esteve irreconhecível, errou lances fáceis e perdeu para um adolescente francês míope (e campeão mundial também, eu sei, mas se fosse ruim não estava na Olimpíada). Sai dos Jogos sem medalha, apesar de uma campanha considerada melhor que as anteriores – está agora em terceiro no ranking mundial de tênis de mesa, inclusive à frente do sinistro francês.

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Mas é como são as coisas, questão de circunstâncias. Hoje dizem: “Esse é favorito”, mas não existe campeão na véspera. A medalha dourada se afastou do horizonte e, pelo visto, levou a energia competitiva do brasileiro que despontara como favorito. Paciência.

Espera-se que o mesmo não aconteça com a seleção feminina de vôlei que, após quatro jogos sem perder um set, foi derrotada pelos EUA na semifinal. Mas ainda há uma medalha de bronze.

Quatro anos passam rápido. Caio Bonfim participou de três olimpíadas antes de Paris, e seu melhor resultado havia sido um quarto lugar no Rio, em 2016. Neste ano, conquistou a prata na marcha atlética.

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Já o curitibano Augusto Akio, o “Japinha”, estreou nos Jogos e foi bronze no Skate Park. Em uma excelente estratégia brasileira. Não dizem que os nipônicos são os melhores nesse esporte? “Vamos colocar um japonês nosso pra subir no pódio.” Deu certo.

Caso alguém estranhe tantas linhas nesse assunto, explico: não fiz quase nada no meu tempo livre além de acompanhar a Olimpíada. Quando acabar, provavelmente vou entrar em depressão. E em meio a promessas desfeitas e boas surpresas, impõe-se a imagem de vitória mais expressiva que eu já vi: duas americanas reverenciando uma ginasta brasileira.

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Só isso já bastaria.

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